Brexit: Empresários britânicos defendem permanência na UE em carta aberta

Brexit: Empresários britânicos defendem permanência na UE em carta aberta
De  Antonio Oliveira E Silva com EFE
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Empresários das mais importante companhias britânicas defendem permanência na União Europeia em carta publicada no diário londrino Times

PUBLICIDADE

David Cameron, o Primeiro-ministro britânico recebeu, esta terça-feira, um apoio de peso a favor da sua campanha pela permanência do Reino Unido na União Europeia, com a publicação de uma carta aberta no diário londrino de centro-direita The Times, assinada por quase 200 empresários.

O documento, publicado quando faltam 4 meses para o referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE, alerta para o que considera como os “riscos económicos relacionados com um possível “Brexit, como o abrandameno da atividade económica, o desinvestimento, mas também o aumento do desemprego.

Os empresários defenderam ainda as reformas negociadas na semana passada entre Londres e Bruxelas e recordaram a importância de fazer parte de um mercado com 500 milhões de pessoas.

Entre os que assinaram o documento surgem altos cargos pelo menos 36 empresas cotadas na Bolsa de Valores de Londres, como a British Telecom, a Vodafone, a rede de supermercados Asda, a Marks & Spencer ou o banco HSBC, para além dos diretores de aeroportos da região metropolitana de Londres (Heathrow e Gatwick).

No documento, pode ler-se que “os negócios precisam de um acesso sem restrições ao mercado europeu (…) para continuar a crescer, a investir e a criar emprego”.

“Acreditamos que abandonar a União Europeia pode travar o investimento e ameaçar empregos, o que seria um risco para a economia”.

Os empresários defendem ainda que os britânicos viverão melhor numa UE reformada do que fora dela e que o mais importante é chegar a um compromisso, posição defendida pelo Primeiro-ministro britânico na Câmara dos Comuns, para quem a possível saída da União pode prejudicar a classe trabalhadora britânica “durante anos”.

Businesses employing more than million people are clear: Britain is better off in a reformed EU. https://t.co/rXo33×1LcM

— David Cameron (@David_Cameron) 23 fevereiro 2016

A confederação sindical TUC (Trades Union Congress, siglas em inglês), publicou, por seu lado, também no The Times, uma carta em que alerta para as desvantagens que uma saída da UE pode vir a implicar para os benefícios sociais dos trabalhadores.

Workers’ rights are on the line in this referendum, says TUC https://t.co/N4tNQPpbx0

— TUC Press Office (@TUCnews) 19 fevereiro 2016

“Se os que defendem a saída alcançarem os seus objetivos, muitos das fundamentais vantagens dadas pela UE no campo do trabalho, como férias pagas, direitos de maternidade e melhores condições para os que trabalham a meio-tempo, poderiam vir a desaparecer”.

Mas, para um dos fundadores da campanha Leave.eu (Deixemos a União Europeia), Richard Tice, Cameron “não tem experiência como empresário” e o Brexit reduzirá o peso dos mecanismos de regulação nos negócios, dinheiro que poderia ser utilizado na criação de mais postos de trabalho.

PM lying with Project Fear. British people don't like being bullied or threatened. Only 4 months left in office, we leave, he resigns!

— Richard Tice (@TiceRichard) 20 Février 2016

David Cameron conseguiu, passada sexta-feira, em Bruxelas, chegar a um acordo que permitirá ao Governo britânico limitar as ajudas públicas aos trabalhadores comunitários residentes no Reino Unido durante um periodo de 4 anos. Por outro lado, Londres deixa de assumir obrigatoriamente políticas europeias focadas numa maior integração dos diferentes Estados membros.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Agências noticiosas retiram foto da princesa de Gales por manipulação. Kate admite erros de edição

Velha guarda do rock em peso na abertura da Gibson Garage

Notas com cara de Carlos III entram em circulação em junho