Milhares de pessoas, a maioria estudantes, manifestaram-se esta quinta feira em várias cidades francesas contra a reforma laborar do governo
Milhares de pessoas, a maioria estudantes, manifestaram-se esta quinta feira em várias cidades francesas contra a reforma laborar do governo socialista. Em Paris, os protestos acabaram em confrontos com a polícia.
Os manifestantes defendem que as mudanças que o executivo de Hollande quer implementar servem, sobretudo, os interesses dos patrões tornando os despedimentos mais fáceis.
Depois dos protestos da semana passada, o governo recuou em algumas medidas, mas os estudantes, à semelhança dos sindicatos, garantem que ainda assim comprometem os direitos de quem trabalha.
Uma manifestante explica que “os jovens estão muito preocupados com o impacto desta lei no futuro. Os estudantes estão aqui para impedir que esta lei seja aprovada”.
Uma outra jovem lembra que “80% dos estudantes já estão no mercado de trabalho uma vez que têm empregos durante o verão e um em cada dois trabalha o ano todo para pagar as próprias despesas. Por isso este projeto de lei já nos vai afetar diretamente”.
Marselha também foi palco de protestos e de confrontos entre os manifestantes e a polícia. Em Rennes, a estação central de comboios foi fechada.
De acordo com o ministério da educação 115 escolas superiores foram fechadas pelos manifestantes. Os organizadores do protesto falam entre 120 e 200 estabelecimentos de ensino em todo o país.
A proposta de lei sobre a reforma laboral deve ser apresentada a 24 de março e o governo espera que seja aprovada até ao verão.