EUA: Visita de Obama a Cuba divide a "pequena Havana" de Miami

Os cubanos de Miami parecem ainda longe de festejar a reaproximação de Washington e Havana, selada com uma viagem de Barack Obama à ilha, este domingo.
Na chamada “pequena Havana”, em Miami, onde reside a maior comunidade cubana dos Estados Unidos, as opiniões divergem:
“Eu penso que é algo positivo para Cuba e para os Estados Unidos”.
“Aprecio a abertura a Cuba neste momento, mas detesto o facto de que beneficie apenas o regime”.
“O acordo entre Obama e Cuba é positivo se Raul Castro der às pessoas aquilo que necessitam”.
A normalização das relações entre os dois inimigos da guerra fria é abalada pelas críticas à falta de concessões do regime em termos de direitos humanos.
Para a analista Rachel DeLevie-Orey, apesar das limitações no Congresso, Obama ainda tem margem de manobra:
“Eu penso que o presidente ainda não fez aquilo que poderia fazer, ou seja, permitir que Cuba aceda às instituições financeiras internacionais. Reforçar a economia cubana seria um gesto decisivo”.
Com a visita de três dias a Cuba, Obama espera poder terminar o mandato com um momento simbólico que, em plena pré-campanha para as presidenciais, sublinha a renitência dos Republicanos, no Congresso, em levantar o embargo comercial à ilha.