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Reino Unido expulsa diplomata russo e cônjuge em ação de retaliação contra Moscovo

ARQUIVO: Uma bandeira russa hasteada no exterior da Secção Consular da Embaixada da Rússia em Londres, terça-feira, 22 de fevereiro de 2022.
ARQUIVO: Uma bandeira russa hasteada no exterior da Secção Consular da Embaixada da Rússia em Londres, terça-feira, 22 de fevereiro de 2022. Direitos de autor  David Cliff/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
Direitos de autor David Cliff/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
De Kieran Guilbert com AP
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O Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Commonwealth e do Desenvolvimento revogou a acreditação de um diplomata russo e de um cônjuge diplomático como retaliação pelas expulsões anunciadas, esta semana, em Moscovo.

O Reino Unido revogou a acreditação de um diplomata russo e de um cônjuge diplomático, numa medida de retalialão face à expulsão de dois funcionários da embaixada britânica em Moscovo, esta semana.

O Ministério britânico dos Negócios Estrangeiros, da Commonwealth e do Desenvolvimento (FCDO) declarou, na quarta-feira, que estava a tomar "medidas recíprocas imediatas" depois de a Rússia ter acusado dois diplomatas britânicos de espionagem e lhes ter dado um prazo de quinze dias para abandonarem o país.

O Reino Unido rejeitou as alegações, que foram feitas na segunda-feira, como "maliciosas" e "sem fundamento".

O embaixador da Rússia no Reino Unido, Andrei Kelin, foi convocado pelo FCDO e informado das mais recentes expulsões. Não foi indicado qualquer prazo para a partida da dupla.

“Durante os últimos 12 meses, a Rússia tem levado a cabo uma campanha de assédio cada vez mais agressiva e coordenada contra os diplomatas britânicos”, declarou o FCDO, em comunicado.

“É evidente que o Estado russo está a tentar ativamente levar a embaixada britânica em Moscovo a fechar e não tem em conta o perigoso impacto desta escalada.

As expulsões de diplomatas - tanto de enviados ocidentais que trabalham na Rússia, como de funcionários russos no Ocidente - tornaram-se cada vez mais comuns desde que Moscovo lançou a sua invasão em grande escala sobre a Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Só no ano passado, a Rússia expulsou sete diplomatas britânicos do país devido a acusações de espionagem, que o Reino Unido negou.

Em maio passado, o Reino Unido expulsou o adido de defesa da Rússia em Londres, alegando que se tratava de um agente dos serviços secretos não declarado, e encerrou várias instalações diplomáticas russas, invocando que estariam a ser utilizadas para espionagem. Moscovo retaliou rapidamente, expulsando o adido de defesa do Reino Unido.

E no mês passado, Londres revogou a acreditação de outro diplomata russo, em retaliação a uma medida semelhante tomada por Moscovo em novembro passado.

Há anos que as relações entre Moscovo e Londres são tensas. Aumentaram drasticamente em março de 2018, quando o antigo agente dos serviços secretos russos Sergei Skripal e a sua filha foram envenenados na cidade inglesa de Salisbury, com recurso à substância Novichok, que atua sobre o sistema nervoso. As autoridades britânicas afirmaram que o incidente foi uma tentativa de assassinato com alvos específicos ordenada por Moscovo, uma afirmação que o Kremlin descreveu como absurda.

Mais recentemente, o Reino Unido provocou a ira da Rússia através do seu apoio militar a Kiev e dos comentários do primeiro-ministro Keir Starmer sobre a possibilidade de enviar forças de manutenção da paz britânicas para a Ucrânia para fazer cumprir qualquer acordo de paz.

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