Várias personalidades russas reagiram mal à vitória ucraniana no Festival da Eurovisão, alguns senadores apelaram mesmo ao boicote em 2017, depois da
Várias personalidades russas reagiram mal à vitória ucraniana no Festival da Eurovisão, alguns senadores apelaram mesmo ao boicote em 2017, depois da vitória da canção de Jamala com um teor político que evoca deportações ordenadas pelo ditador Estaline.
Entre os moscovitas também há percepção da influência da política no concurso.
“Claro que eu apoiei a nossa canção. Sabe, a política irrompeu na música. A política manipula a nossa música e isso é muito triste”, diz uma mulher.
“É tudo tão óbvio, toda a Europa apoia a Ucrânia. Foi muito nítido. Na minha opinão foi demasiado transparente, demasiado óbvio, e toda a gente percebe que o verdadeiro vencedor foi o nosso cantor Sergey Lazarev”, explica outra.
Para o presidente do comité dos Negócios Estrangeiros do Senado russo, Konstantin Kossatchev, “foi a geopolítica que ganhou”, e, segundo o senador, esta vitória na Eurovisão arrisca dar asas aos dirigentes ucranianos, comprometendo o difícil processo de paz no este da Ucrânia.
“Por esse motivo, quem perdeu foi a Ucrânia”, escreveu Kossatchev na sua página na rede social Facebook, citada pela AFP, tendo o senador acrescentado que “aquilo que a Ucrânia precisa, de forma vital, é de paz”.
“Mas foi a guerra que ganhou”, acrescentou.
“Queria cantar uma canção sobre paz e amor”, declarou a cantora, de 32 anos, ao receber o prémio, no sábado.