Foi a primeira visita de um presidente americano em exercício.
Barack Obama guardou para o fim do mandato aquele que é um dos atos mais simbólicos e mais históricos da presidência. Pela primeira vez, um presidente norte-americano em exercício visitou Hiroxima, a cidade japonesa martirizada pela bomba atómica no dia 6 de agosto de 1945.
Este foi o ato de guerra mais mortífero alguma vez lançado pelos Estados Unidos. As bombas de Hiroxima e Nagasáqui obrigaram à rendição do Japão e puseram fim à Segunda Guerra Mundial.
“Estamos aqui, nesta cidade, e obrigamo-nos a imaginar o momento em que a bomba caiu. Obrigamo-nos a sentir o terror sentido pelas crianças cofusas pelo que estavam a ver. Ouvimos o grito silencioso. Aqueles que morreram eram pessoas como nós. Qualquer pessoa compreende isso. As pessoas não querem mais guerra. Preferem que as maravilhas da ciência sirvam para melhorar a vida e não para a eliminar. Quando uma escolha feita pelos líderes, pelas nações, refletir esta sabedoria simples, então a lição de Hiroxima estará cumprida”, disse Obama no discurso.
Veja aqui o discurso completo
“We are not bound … to repeat the mistakes of the past. We can learn. We can choose.” —
POTUS</a> speaks at Hiroshima. <a href="https://t.co/qLPoNEqlF9">https://t.co/qLPoNEqlF9</a></p>— The White House (
WhiteHouse) May 27, 2016
Nesta deslocação à cidade mártir, Obama depositou uma coroa de flores junto ao memorial e encontrou-se com sobreviventes. Para alguns, é uma visita que chegou demasiado tarde.
Foi um ato histórico e simbólico de um presidente que marcou os Estados Unidos e o mundo, a meses de deixar a Casa Branca e numa altura em que muitos temem que o próximo inquilino seja um certo Donald Trump.