Adidos militares na Grécia e Kuwait fugiram para outros países.
Com a Turquia a apertar o cerco aos alegados implicados no golpe de Estado fracassado do último mês, o governo de Ancara denunciou a fuga de vários diplomatas, que supostamente estariam do lado dos golpistas.
Um dos casos é do adido militar no Kuwait, apanhado na Arábia Saudita e extraditado. Outro tem a ver com dois adidos militares na Grécia, como explicou o ministro turco dos Negócios Estrangeiros: “No dia 6 de agosto, embarcaram num ferry de Igoumentisa, juntamente com as famílias, em carros privados, rumo a Itália. Os vídeos das câmaras de vigilância foram todos examinados, a nosso pedido, o que foi confirmado pelas autoridades gregas”, explicou Mevlüt Çavuşoğlu numa entrevista televisiva. Os dois diplomatas terão fugido antes que as autoridades lhes confiscassem os passaportes diplomáticos.
A Turquia conseguiu, entretanto, a extradição de
Abdullah Büyük por parte da Bulgária. Trata-se de um alegado responsável por operações financeiras da organização de Fethullah Gülen, que Ancara classifica de terrorista e acusa de estar por detrás do golpe.
Büyük tinha pedido asilo à Bulgária. A decisão de o extraditar está a criar uma divisão no governo de Sófia. A ministra do Interior diz que o processo aconteceu de forma ilegal.
Na Turquia, continuam as detenções. Só este domingo, foram detidos 18 juízes, alegadamente ligados à tentativa de golpe.