É a primeira expansão em mais de dez anos. A cidade é sagrada para muçulmanos e judeus.
Israel autorizou a expansão do colonato judeu de Hebron, na Cisjordânia. As novas casas vão ser construídas no coração da cidade, nos terrenos de uma base militar israelita.
A decisão promete reavivar as tensões entre os cerca de mil colonos judeus e os cerca de dez mil palestinianos que vivem em Hebron.
Embora os judeus já vivessem nesta cidade antes da criação de Israel, só em 1979 começaram a ser construídos colonatos e esta é a primeira expansão em mais de dez anos.
Opinion: An Israeli provocation in Hebron https://t.co/qcsmwiZlVSpic.twitter.com/0Cs6aUH4cS
— Haaretz.com (@haaretzcom) August 22, 2016
Hagit Ofran, da ONG Peace Now, contesta a decisão: “O governo de Netaqnyhu decidiu expandir o colonato no coração de Hebron, que é já um dos mais importantes e mais controversos. Fazem isso contornando a lei, construindo no recinto de uma base militar, algo sem precedentes. Não é bom para Israel nem para o futuro da solução de dois Estados”.
O caso de Hebron é especial, dentro da Cisjordânia. Ao contrário de outros locais dos territórios palestinianos, esta é uma cidade onde os judeus têm raízes históricas e onde fica o Túmulo dos Patriarcas, um dos locais mais sagrados quer para judeus, quer para muçulmanos.