"Divines": Uma história inspiradora vinda dos subúrbios parisienses

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De  Nara Madeira
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“Divines” – a história de duas amigas adolescentes, que vivem nos subúrbios de Paris, e das escolhas que vão ter de fazer – foi uma das maiores surpresas do último Festival de Cannes, onde arrebatou

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“Divines” – a história de duas amigas adolescentes, que vivem nos subúrbios de Paris, e das escolhas que vão ter de fazer – foi uma das maiores surpresas do último Festival de Cannes, onde arrebatou a Câmara de Ouro.

Houda Benyamina estava longe de imaginar o sucesso que ia alcançar com a sua primeira longa-metragem.

A realizadora, que se autointitula de autodidata, fala das escolhas que teve, ela também, de fazer. Andava a treinar para ser cabeleireira quando decidiu que queria terminar os estudos e acabou a fazer curtas-metragens:

“Eu tinha um supervisor, chamado Gregory Protsche, que me pôs nas mãos o filme “Medeia”, de Pasolini, e um livro intitulado “Viagem ao Fim da Noite”. Foi graças à arte que coloquei toda a minha ira ao serviço da minha arte”, explica a cineasta.

“Divines” foi inspirado na experiência pessoal da cineasta. O personagem Dounia, a heroína da história, representa tantos jovens que perdem tudo enquanto procuram o sonho. O filme é um grito de alarme que vem do coração.

“Dounia, sonha com o “deus” dinheiro, sonha com o sucesso e carros bonitos, ela quer ir para Phuket. Mas, ao mesmo tempo, sinto que é preciso não esquecer a nossa necessidade íntima de espiritualidade. Para mim, nesta sociedade em que vivemos, a questão sobre a qual nos devemos centrar é a dos valores”, adianta a realizadora.

“Divines”, que acaba de chegar às salas de cinema francesas, passará também pelo Festival de Cinema de Toronto.

Em 2006 Houda Benyamina fundou a organização 1000 Visages, um milhar de rostos pela democratização do cinema.

Através desta instituição ela ajuda, por exemplo, jovens, que de outra forma nunca conseguiriam fazê-lo, a lançarem-se no cinema.

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