O novo presidente das Filipinas volta a não ter, “tento na língua”, quando se trata de ocultar as violações dos direitos humanos no país.
O novo presidente das Filipinas volta a não ter, “tento na língua”, quando se trata de ocultar as violações dos direitos humanos no país.
À sua chegada ao Laos, antes de reunir-se com Barack Obama, à margem de uma cimeira regional, Rodrigo Duterte não hesitou em responder às críticas de Washington com um insulto ao presidente norte-americano.
“Sou o presidente de um estado soberano e já há muito que deixámos de ser uma colónia. Não temos outro patrão para lá do povo Filipino. Têm que ser respeituosos e deixarem de atirarem perguntas e afirmações. Filho da mãe. Vou-te amaldiçoar nesta cimeira”, afirmou Duterte.
Palavras que levaram a Casa Branca a anular o encontro bilateral entre os dois chefes de Estado, segundo Washington, face à ausência da possibilidade de avanços sobre a polémica guerra do governo contra os cartéis de droga nas Filipinas.
“Historicamente, a nossa relação com as Filipinas é uma das mais importantes e a minha relação com o povo Filipino tem sido cordial e produtiva e espero que continue assim. Mas quero ter a certeza que este momento é o melhor para termos o melhor diálogo possível”, afirmou Obama, antes de decidir cancelar o encontro.
Eleito em Junho sob a promessa de, “matar mais de 100 mil pessoas”, para pôr fim aos cartéis de droga filipinos, Duterte é acusado de mais de 2.400 execuções extrajudiciais em apenas dois meses.
O presidente tinha respondido no mesmo tom insultante às críticas do Papa Francisco, do embaixador norte-americano em Manila e mesmo às denúncias, segundo ele “estúpidas”, das Nações Unidas.
No seu discurso de investidura, em Junho, Duterte tinha apelado à população, “a ajudar os pais dos toxicodependentes, com armas, para matar os filhos”.