O número de atletas que viram os seus dados pessoais expostos pelo ataque informático à base de dados da Agência Mundial Antidoping (WADA) continua a crescer e esta sexta-feira, mais onze desportistas
O número de atletas que viram os seus dados pessoais expostos pelo ataque informático à base de dados da Agência Mundial Antidoping (WADA) continua a crescer e esta sexta-feira, mais onze desportistas viram o seu nome acrescentado à lista.
No centro da polémica está o elevado número de exceções para uso terapêutico solicitado pelos atletas de alta competição, mas para Richard McLaren, autor do polémico relatório que revelou a existência de um sistema estatal de apoio ao doping na Rússia, esse facto por si só não quer dizer nada:
“Divulgar a informação sem qualquer explicação é apenas difamação dos atletas. Se seguirem as regras, eles têm direito exceções para uso terapêutico, que lhes permitem recorrer a substâncias proibidas necessárias para tratar a sua condição médica.”
Entre os russos, que viram a sua participação Olímpica fortemente condicionada pelo relatório do canadiano, é o próprio chefe de estado, Vladimir Putin, a exigir respostas:
“Há muitas questões que se levantam. Atletas saudáveis que podem legalmente tomar medicamentos que são proibidos para outros, enquanto pessoas com problemas graves e óbvios são impedidas de participar nos Jogos Paralímpicos apenas porque existem suspeitas.”
A discussão está lançada. A avaliar pelos dados divulgados, o importante não parece ser manter os desportistas afastados do doping, mas sim assegurar-se que estes pedem autorização atempadamente.