Deutsche Bank: Ainda não há acordo com Washington

A pressão mantém-se sobre as ações do Deutsche Bank. Esta segunda-feira, os títulos chegaram a cair mais de três por cento. Mas no final do dia fechavam em alta, acima dos 3%.
No início da sessão, o mercado reagiu à ausência de um acordo rápido com o Departamento norte-americano de Justiça para reduzir a multa pela venda de títulos hipotecários tóxicos. O presidente executivo do Deutsche Bank, John Cryan, esteve em Washington e não terá conseguido chegar a um acordo para baixar a multa de 14 mil milhões de dólares.
Deutsche Bank falls after no deal reached with DoJ https://t.co/ZAc7Tv6qwq
— Reuters Top News (@Reuters) 10 de outubro de 2016
A isto juntam-se as revelações do Financial Times. Segundo o jornal, o Deutsche Bank foi beneficiado pelo BCE nos testes de resistência de julho.
O BCE permitiu que o Deutsche Bank contabilizasse a venda da participação no banco chinês Hua Xia, que esperava concluir até ao fecho do balanço de 2015. No entanto, o negócio ainda não está concluído e o BCE não terá dado as mesmas condições a outros bancos europeus.
FT learns that Deutsche Bank was given special treatment in this summer's EU stress tests https://t.co/Yvqdb7gP9Qpic.twitter.com/Wzbf6JLae9
— Financial Times (@FT) 10 de outubro de 2016
A situação financeira do Deutsche Bank preocupa. Para lá da multa recordo nos Estados Unidos, o banco possui uma carteira de derivados que atinge 46 biliões de euros e as ações já desvalorizaram 50% este ano. Segundo a agência Bloomberg, está em preparação um aumento de capital.
O fundo soberano do Qatar poderá, assim, aumentar a participação de 10 para 25%, reforçando a posição de maior acionista. Haverá também empresas alemãs prontas a injetar dinheiro no maior banco alemão.