Os cinco alegados terroristas detidos, há uma semana, em Estrasburgo e Marselha estavam a ser "teleguiados" desde a Síria pelo Estado Islâmico
Os cinco alegados terroristas detidos, há uma semana, em Estrasburgo e Marselha, preparavam um atentado de grande envergadura, em França, para o próximo dia 1 de dezembro.
Segundo as autoridades, os cinco homens, presentes esta sexta-feira, a tribunal, estavam a ser “teleguiados” desde a Síria ou o Iraque pelo Estado Islâmico.
EN DIRECT #Molins “Les suspects s'apprêtaient à passer à l'acte et recherchaient des cibles” Live… https://t.co/K9psbpNoNopic.twitter.com/29AQSFLv6L
— ALERTE INFO (@AlerteInfo_) November 25, 2016
Após cinco dias de interrogatórios, os suspeitos acabaram por falar.
“Tanto o comando de Estrasburgo como o indivíduo interrogado em Marselha dispunham de instruções comuns para adquirirem armas. Armas que iriam ser utilizadas para perturbar a ordem pública, pela intimidação ou pelo terror, no território nacional, por conta da organização terrorista Estado Islâmico”, explicou François Molins, Procurador da República.
Há dois anos que a França é alvo de atentados jihadistas, que já fizeram 238 mortos. Em deslocação a Nîmes, para uma cerimónia de final de curso de jovens polícias, François Hollande fez o balanço de um mês que ainda não terminou.
“Só no mês de novembro, os serviços antiterroristas procederam à detenção de 43 indivíduos, 28 dos quais foram presentes à justiça”, detalhou o presidente francês.
Não se sabe, contudo, se o ataque de 1 de dezembro teria um alvo único ou se previa várias ações coordenadas. A análise dos telemóveis e computadores dos suspeitos relevou que vários sítios sensíveis, na região parisiense, tinham sido alvo de buscas, entre eles a sede da Polícia Judiciária ou a própria Direção-Geral da Segurança Interna.