A justiça grega aceitou extraditar três militares para a Turquia, depois de ter recusado fazê-lo um dia antes, num caso que envolve outros três militares, também acusados por Ancara de envolvimento na
Com AFP E EFE
A justiça grega aceitou o pedido das autoridades turcas e decidiu que três dos militares que se encontram no país desde a tentativa de golpe de Estado militar poderão ser extraditados.
Encontram-se em solo grego oito militares, que roubaram um helicóptero pertencence ao Estado turco, com o objetivo de evitar represálias por parte do Governo.
Ancara acusa-os de envolvimento e responsabilidade na tentativa de golpe de Estado, mas todos negam as acusações.
O problema é que a decisão, tomada na terça-feira, contradiz uma decisão tomada por outro grupo de juízes 24 horas antes, que decidiram que um grupo de outros três militares *não deveri*a ser extraditado.
Os juízes em funções na segunda-feira consideraram que os três homens correriam perigo de vida na Turquia.
Já os juízes em funções na terça-feira consideraram que ficou provado que os outros três homens cometeram delitos, como tentativa de golpe de Estado, para além de terem impedido uma reunião no parlamento turco e de terem roubado um helicóptero.
Ambos casos serão, no entanto, enviados para o Tribunal Supremo.
Stavroula Tomara, a advogada dos homens que poderão agora ser extraditados diz que estes se sentem “muito cansados” e que “estão deprimidos.”
“Não acham justo permanecerem detidos e alguns deles começam a perder a esperança”, disse a advogada.
O caso é um embaraço para a diplomacia grega, que anseia manter boas relações com a Turquia, até porque precisa de Ancara para controlar os migrantes e refugiados que continuam a chegar às suas costas.