A corrupção na política israelita

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As suspeitas de corrupção voltam a ensombrar a política israelita.

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As suspeitas de corrupção voltam a ensombrar a política israelita. Esta segunda-feira o primeiro-ministro foi interrogado pela justiça.

Benjamin Netanyahu está a ser investigado em dois alegados casos de corrupção nos quais é suspeito de ter recebido “prendas ilegais” por parte de empresários israelitas e estrangeiros, estimadas em várias dezenas de milhares de dólares. O chefe do governo de Telavive refutou as acusações:

“Reparámos no tom festivo que atravessou a imprensa, os estúdios de televisão e a oposição. Deixem-me dizer-vos que o melhor é refrearem os festejos. Já o disse antes e volto a repeti-lo: não há nada porque não há nada. Podem continuar a lançar foguetes que nós vamos continuar a governar o Estado de Israel.”

Em julho, Benjamin Netanyahu reconheceu ter recebido dinheiro do francês Arnaud Mimran, condenado pela justiça gaulesa num caso de fraude fiscal. E em novembro, o procurador-geral israelita ordenou a abertura de um inquérito sobre o papel do primeiro-ministro no processo de aquisição de três submarinos ao construtor alemão ThyssenKrupp. Um canal de televisão israelita revelou entretanto que o advogado pessoal de Netanyahu fazia parte do conselho de administração de uma filial da firma germânica.

Além do primeiro-ministro, a sua mulher Sara também enfrenta um processo judicial por utilização indevida de fundos públicos. Em maio foi aberto um inquérito à aquisição de mobiliário de jardim para a residência privada do casal.

Estes casos são recorrentes na política israelita. O predecessor de Netanyahu na chefia do governo e do Likud, Ehud Olmert, encontra-se atualmente a cumprir uma pena de 18 meses de prisão por ter sido subornado enquanto foi presidente da câmara de Jerusalém. E o falecido Ariel Sharon também foi questionado pela justiça num caso de financiamento ilegal do Likud que culminou na condenação de um dos seus filhos a nove meses de prisão.

Vários responsáveis políticos foram condenados em casos de corrupção, como o atual ministro do Interior, Aryeh Dery, que cumpriu uma pena de 3 anos de prisão, Avhram Hirshson, antigo responsável pela pasta das Finanças, ou Shlomo Benizri, ex-ministro do Trabalho.

Os próximos do primeiro-ministro denunciam uma cabala para afastar Benjamin Netanyahu do poder. De acordo com a legislação israelita, um ministro que é acusado num caso de corrupção é obrigado a apresentar a demissão.

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