A Rússia dá as boas vindas a um novo presidente norte-americano, distante do que considera serem “as lições de moral” da administração Obama.
A Rússia dá as boas vindas a um novo presidente norte-americano, distante do que considera serem “as lições de moral” da administração Obama.
No seu discurso de Ano Novo, o responsável da diplomacia russa, Serguei Lavrov, anunciou ter convidado a nova administração a sentar-se à mesa das negociações sobre a paz na Síria no próximo dia 23.
Em paralelo, Lavrov acusou “alguns países europeus” de tentarem fazer naufragar as discussões de paz sobre a Síria.
O convite a Trump foi acompanhado de um novo desmentido sobre a alegada espionagem russa ao presidente-eleito e sobre a suposta interferência durante a campanha das presidenciais nos EUA.
“Francamente não vou tentar provar que tudo isto não é verdade. Algumas pessoas que recusaram regras universais para ordenar os media, para consolidar esforços para lutar contra a fraude informática estão a acusar-nos, sem nenhuma prova, de termos assumido o controlo sobre uma grande parte do mundo”.
Lavrov não poupou igualmente críticas à decisão da NATO de mobilizar milhares de soldados para a Polónia e outros países europeus limítrofes com a Rússia. Uma operação de proteção face à ameaça russa após a anexação da Crimeira por Moscovo.
“Se as estruturas de poder da NATO não conseguem pensar em melhores formas de utilizar as suas forças do que mobilizá-las para a Estónia ou para a fronteira com a Rússia, isto quer dizer que os seus serviços de informação não estão a fazer um bom trabalho e a NATO não vê o que se está a passar noutros países dentro da área de responsabilidade da NATO”.
Depois de ter acusado ontem os EUA de lançarem uma nova corrida às armas no leste da Europa, o responsável da diplomacia russa alertou para a possibilidade de um novo conflito armado nos balcãs. Lavrov afirma que as forças albanesas devem retirar-se das zonas sérvias do norte do Kosovo.
Um aviso em tom de ameaça quando a Rússia, aliada de Belgrado, não reconhece a independência do território.