Vida em Marte pode ser possível mesmo sem água

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Atacama, no Chile, é o deserto mais seco e mais antigo da terra.

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Atacama, no Chile, é o deserto mais seco e mais antigo da terra. O território formado há 150 milhões de anos está atualmente a ser estudado por uma equipa de investigadores chilenos devido à sua similitude com Marte.

Tal como o planeta vermelho, o clima de Atacama é extremamente seco, o que não impede a existência de formas de vida. A hipótese avançada pelo astrobiólogo chileno Armando Azua é que a existência de água em Marte não é um pré-requisito à existência de vida.

“Até há pouco tempo, acreditava-se que nas áreas de Marte em que foram encontradas provas da existência de água haveria mais probabilidades de encontrar vida. O que nós afirmamos agora é que mesmo nas áreas onde aparentemente era impossível haver vida por serem áreas secas, é possível encontrar vida porque encontrámos lugares na terra tão secos como Marte mas que foram colonizados por uma grande variedade de micro-organismos, explicou o cientista chileno.

Os cientistas chilenos encontraram setenta espécies de micro-organismos no deserto de Atacama. A pesquisa suscitou o interesse da NASA. A agência espacial norte-americana anunciou que vai enviar uma equipa ao Chile para estudar de perto os resultados da investigação.

“Estamos a caracterizar o deserto de Atacama para perceber como é se sobrevive com uma pequena quantidade de água e quais são os mecanismos moleculares e genéticos que explicam esta tolerância extrema à falta de água.
Queremos perceber o mecanismo de sobrevivência num local tão seco e analisar as implicações da existência de um tal mecanismo. Este conhecimento ajuda-nos a perceber a possibilidade de encontrar formas de vida similar em Marte, que tem características próximas das do deserto. Basicamente trata-se de estudar os mecanismos que permitem esta extrema tolerância à seca”, acrescentou Armando Azua.

Para muitos cientistas, a possibilidade da Humanidade se estabelecer no Planeta Vermelho é apenas uma questão de tempo.

“Se conseguirmos demonstrar que no deserto de Atacama, com base nas provas atuais, a vida consegue tolerar a seca extrema e funcionar nessas circunstâncias, isso aumentaria tremendamente as possibilidades de encontrar vida não só em Marte mas também noutras partes do universo”, afirmou o cientista chileno.

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