A Câmara dos Lordes aprovou uma emenda que garante à câmara alta poder de veto ao acordo com Bruxelas.
Com Lusa
Para além da eleição de Donald Tusk, o encontro dos Estados membros da União Europeia focou-se também na pedra do sapato de Bruxelas que é a saída do Reino Unido ou brexit.
Esta poderia ter sido a última reunião em que participou chefe de governo britânico.
A primeira-ministra Theresa May disse que tudo será em prol de um Reino Unido mais forte e que era tempo de começar a preparar a saída:
“É tempo de comçar com o processo de saída da União Europeia e com a construção de um Reino Unido independente, capaz de governar-se e global, tal como os britânicos pediram”, disse a primeira-ministra britânica.
“Vamos acionar o artigo cinquenta até ao fim do mês. O Reino Unido atravessa um momento decisivo, à medida que forjamos um novo papel para nós próprios no mundo, como um país forte com controlo das fronteiras e das próprias leis”, concluiu Theresa May.
Mas para que seja atingido esse objetivo, a primeira-ministra terá de contar com o apoio do poder legislativo.
Lordes exigem veto ao acordo com Bruxelas
A Câmara dos Lordes aprovou uma proposta de emenda à lei para a notificação da saída do Reino Unido da UE que determina que o parlamento terá poder de veto sobre os termos do acordo negociado com Bruxelas.
A emenda diz que a primeira-ministra “não pode concluir um acordo com a União Europeia no âmbito do artigo 50.º do Tratado da União Europeia sobre os termos da saída do Reino Unido da União Europeia sem a aprovação das duas câmaras do parlamento”.
Os deputados e lordes devem também votar o modelo da futura relação com a UE, refere ainda a emenda.
Esta foi a segunda emenda aprovada na câmara alta contra a vontade do governo britânico, que se juntou a uma outra proposta para que Theresa May garanta os direitos dos cidadãos da UE residentes no Reino Unido.