México rejeita políticas migratórias da administração Trump

México rejeita políticas migratórias da administração Trump
De  Antonio Oliveira E Silva  com EFE e NOTIMEX

Durante visita a Washington, o ministro mexicano dos Negócios Estrangeiros, Luís Videgaray, disse que as ideias dos EUA poderiam violar o Direito Internacional.

Com EFE e Notimex

O México é soberano e só o México decide quem entra e quem não entra no México.

Luís Videgaray MNE mexicano

O ministro mexicano dos Negócios Estrangeiros (Relações Exteriores), Luis Videgaray, criticou algumas das propostas dos Estados Unidos relativamente a políticas migratórias e ao tratamento dado a cidadãos mexicanos que vivem e trabalham nos EUA.

Foi durante uma conferência de imprensa na embaixada mexicana em Washington que Luis Videgaray referiu alguns dos pontos que mais preocupam o Governo mexicano.

Em primeiro lugar, a possibilidade de que os Estados Unidos venham a separar crianças dos seus pais, no caso de famílias que sejam detidas a tentar atravessar a fronteira ilegalmente.

Uma medida que visaria, segundo os EUA, dissuadir a emigração ilegal para o país.

Para o México, no entanto, medidas como esta poderiam violar o Direito Internacional e provocar, por outro lado, danos irreversíveis em muitas famílias mexicanas.


“Acreditamos que separar família quando chegam aos Estados Unidos, independentemente das razões que tenham levado a este tipo de política, constituem um ataque contra a integridade da unidade fundamental de uma sociedade, que é a família”, disse o ministro mexicano dos Negócios Estrangeiros.

Em segundo lugar, o chefe da diplomacia mexicana referiu que o seu país não está disposto a aceitar políticas unilaterais por parte do vizinho do norte.

Os EUA referiram a possibilidade de que todos os estrangeiros indocumentados presentes no território fossem deportados, independentemente do seu país de origem, para o México.

Uma vez em território mexicano, poderiam solicitar estatuto legal nos EUA, tendo em conta as diferentes possibilidades legais previstas, sem que qualquer estatuto lhes viesse a ser concedido.

A este respeito, Luis Videgaray insistiu na soberania do México e no facto de que apenas o “México decide quem entra e quem não entra no México”.

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