4,4 mil milhões para evitar a maior catástrofe humanitária na história da ONU

4,4 mil milhões para evitar a maior catástrofe humanitária na história da ONU
De  Francisco Marques

Chefe do gabinete de coordenação de assuntos humanitários das Nações Unidas visitou Somália, Sudão do Sul, norte da Nigéria e Iémen e traça um quadro muito dramático do que viu.

O coordenador da ajuda humanitária das Nações Unidas, Stephen O’Brien, diz serem necessários 4,4 mil milhões de dólares (4,1 mil milhões de euros) até julho para evitar a maior catástrofe dos 70 anos de história das Nações Unidas.

Após uma digressão pela Somália, o Sudão do Sul, o norte da Nigéria e o Iémen, o responsável traçou um quadro muito dramático do que testemunhou e, perante o conselho de Segurança da ONU, disse estarmos “a viver um momento perigoso da história” e a “enfrentar a maior crise humanitária desde a criação das Nações Unidas”, em 1945.

“Neste momento, mais de vinte milhões de pessoas apenas em quatro países enfrentam a subnutrição e a fome. Sem esforços coletivos e coordenados, estas pessoas vão simplesmente morrer de fome”, alertou Stephen O’Brien.

Só para os quatro países referidos, “uma injeção imediata de fundos somada a um acesso seguro e desimpedido são necessários para permitir aos parceiros para evitar a catástrofe”, advertiu o chefe do gabinete de coordenação de assuntos humanitários (OCHA, na sigla inglesa).

“Para ser preciso, precisamos de 4,4 mil milhões até julho e este é o custo detalhado, não um número para negociar”, acrescentou.

Nas declarações proferida sexta-feira, em Nova Iorque, perante os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, Stephen O’Brien descreveu o caso do Iémen como o mais grave.

“Dois terços da população (do Iémen) —18,8 milhões de pessoas — precisam de assistência e mais de sete milhões estão a passar fome sem saber de onde a próxima refeição lhes vai chegar. São mais três milhões do que em janeiro”, sublinhou.

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