4,4 mil milhões para evitar a maior catástrofe humanitária na história da ONU

O coordenador da ajuda humanitária das Nações Unidas, Stephen O’Brien, diz serem necessários 4,4 mil milhões de dólares (4,1 mil milhões de euros) até julho para evitar a maior catástrofe dos 70 anos de história das Nações Unidas.
Após uma digressão pela Somália, o Sudão do Sul, o norte da Nigéria e o Iémen, o responsável traçou um quadro muito dramático do que testemunhou e, perante o conselho de Segurança da ONU, disse estarmos “a viver um momento perigoso da história” e a “enfrentar a maior crise humanitária desde a criação das Nações Unidas”, em 1945.
“Neste momento, mais de vinte milhões de pessoas apenas em quatro países enfrentam a subnutrição e a fome. Sem esforços coletivos e coordenados, estas pessoas vão simplesmente morrer de fome”, alertou Stephen O’Brien.
We are now facing the largest humanitarian crisis since creation of UN. 20M+ face starvation, famine –
UNOCHA</a> <a href="https://t.co/LZxZ5HR9OQ">https://t.co/LZxZ5HR9OQ</a> <a href="https://t.co/1w6rFMKSyj">pic.twitter.com/1w6rFMKSyj</a></p>— United Nations (
UN) 10 de março de 2017
Só para os quatro países referidos, “uma injeção imediata de fundos somada a um acesso seguro e desimpedido são necessários para permitir aos parceiros para evitar a catástrofe”, advertiu o chefe do gabinete de coordenação de assuntos humanitários (OCHA, na sigla inglesa).
“Para ser preciso, precisamos de 4,4 mil milhões até julho e este é o custo detalhado, não um número para negociar”, acrescentou.
While humanitarian partners have stepped up response to avert the worst in #Somalia, further scale up remains vital https://t.co/8MyteKslSipic.twitter.com/oqXGjWjvUh
— OCHA Somalia (@OCHASom) 10 de março de 2017
Yesterday IOM & partners distributed tokens to ~34k IDPs in Wau in 4 hrs to improve delivery of services & response planning in #SouthSudanpic.twitter.com/YHqTfefwHg
— IOM South Sudan (@IOMSouthSudan) 9 de março de 2017
Nas declarações proferida sexta-feira, em Nova Iorque, perante os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU, Stephen O’Brien descreveu o caso do Iémen como o mais grave.
“Dois terços da população (do Iémen) —18,8 milhões de pessoas — precisam de assistência e mais de sete milhões estão a passar fome sem saber de onde a próxima refeição lhes vai chegar. São mais três milhões do que em janeiro”, sublinhou.
Peace can prevent a #famine in #Yemen. The time is now. Donors: Humanitarians need urgent funding to respond and save lives pic.twitter.com/AEy4M0Z6iS
— George.khoury.un (@GeorgekhouryUN) 8 de março de 2017
#Yemen: largest humanitarian crisis in the world, 2/3 of population – 18.8M people – need aid.
— Stephen O'Brien (@UNReliefChief) 10 de março de 2017
Drought from the sky. My descent into Baidoa #Somalia this morning: pic.twitter.com/Sh2XHOZA60
— Stephen O'Brien (@UNReliefChief) 7 de março de 2017
Was in epicentre of famine & cholera in Somalia. I listened to harrowing stories of suffering & saw the courage of ppl. World must act now. pic.twitter.com/WqiY30QsJO
— António Guterres (@antonioguterres) 7 de março de 2017