Na Holanda têm lugar esta quarta-feira eleições legislativas vistas como um teste à popularidade dos nacionalistas, em particular do partido PVV de Geert Wilders cujo programa anti-Islão e anti-União
Na Holanda têm lugar esta quarta-feira eleições legislativas vistas como um teste à popularidade dos nacionalistas, em particular do partido PVV de Geert Wilders cujo programa anti-Islão e anti-União Europeia tem vindo a ganhar apoiantes.
São as pessoas que querem recuperar o país, a nossa soberania
Líder do partido PVV
Na corrida estão 15 partidos para um universo eleitoral que ronda os 13 milhões de eleitores.
“Acredito que temos muitos apoiantes entre o povo holandês e isto não se deve ao medo ou fanatismo. Se fosse tinhamos 0,2% dos votos, mas temos muito mais do que isso. São as pessoas que querem recuperar o país, a nossa soberania e espero que votem em grandes números”, adiantou Gert Wilders após ter votado em Haia.
O partido de centro-direita do primeiro-ministro Mark Rutte já deixou claro que não aceitará o PVV como parceiro de uma futura coligação.
As sondagens sugerem que nenhum partido se aproximará da fasquia dos 20% o que poderá resultar em negociações prolongadas para a formação de um governo de coligação.
O primeiro-ministro denunciou os excessos do populismo.
“O facto é que os políticos estão apenas a aumentar os problemas em vez de os resolverem. O problema deste tipo de populismo é que não resolve os problemas concretos das pessoas, apenas os aumenta”, disse Rutte.
As eleições na Holanda marcam o início de um ano importante para a União Europeia na sequência da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e da decisão do Reino Unido de abandonar o projeto europeu.
O resultado das eleições holandesas poderá influenciar as eleições francesas cuja primeira volta está prevista para o final de abril. Por fim, em setembro, estão igualmente previstas eleições na Alemanha.