Bruxelas apostada em travar o afluxo migratório proveniente da Líbia.
Bruxelas apostada em travar o afluxo migratório proveniente da Líbia. Dos 200 milhões de euros consignados à chamada estabilização do Mediterrâneo central, 90 milhões serão para a Líbia, disse esta segunda-feira em Roma o comissário europeu para a Imigração, Dimitris Avramopoulos.
Na reunião do grupo de contato sobre a Rota Central Mediterrânica, Avramopoulos lembrou que a pressão migratória a que está sujeita a Itália cresceu de 50% desde o ano passado.
“O desafio não é europeu ou africano, mas sim global. Não podemos deixar a Líbia e a Itália sozinhas”, disse Avramopoulos, recordando que “foram consignados 12,2 milhões de euros para a Guarda costeira líbia e 200 milhões de apoio financeiro à estabilização do Mediterrâneo central, dos quais 90 milhões para a Líbia”.
Segundo o quotidiano italiano Corriere della Sera, o governo de união nacional líbio (GNA) pediu radares, embarcações, helicópteros e jipes, num total de 800 milhões de euros, para controlarem as suas fronteiras a sul e as suas águas territoriais.
O plano poderia prever também a instalação na Líbia de um centro operacional para gerir operações de socorro nas águas internacionais, atualmente cooordenadas a partir de Roma pela gaurda costeira italiana.
Na reunião participaram o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, e os ministros do Interior da Argélia, Áustria, França, Alemanha, Líbia, Malta, Eslovénia, Suíça e Tunísia.
No ano passado, atravessavam diariamente o mar Egeu entre 10 e 12 mil pessoas, este ano são entre 40 e 50 mil. No domingo, a guarda costeira italiana coordenou o socorro de mais de 3.300 pessoas ao largo da Líbia, que vêm elevar o número de chegadas a Itália a cerca de 20 mil desde o início do ano.