“NInguém está acima da lei, nem mesmo o presidente dos Estados Unidos”.
“NInguém está acima da lei, nem mesmo o presidente dos Estados Unidos”. Neil Gorsuch, o candidato de Donald Trump ao lugar vago no Supremo Tribunal defendeu a sua independência face ao poder político, no segundo dia frente à comissão de Justiça do Senado.
Ao longo de 11 horas de audição, o juiz, defensor da pena de morte, evitou partilhar as suas convicções sobre o casamento homossexual, a contraceção ou o aborto.
Pressionado pelos senadores democratas, Gersuch criticou os ataques recentes contra o poder judicial, mas sem nunca se referir a Trump:
“Eu conheço estas pessoas, e sei que são decentes e quando alguém critica a sua honestidade, integridade ou as motivações de um juiz federal, parece-me algo desmotivante e desmoralizante, pois eu conheço a realidade”.
As audições deverão prolongar-se até ao início de Abril, marcadas sobretudo pelas declarações do presidente que, ontem, voltou a criticar como “ridículo”, o bloqueio do segundo decreto anti-imigração.
O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, entrou igualmente no debate para desmentir, através da sua conta no Twitter, que Gersuch tenha criticado diretamente as posições de Trump.
A nomeação de Gorsuch necessita de pelo menos 60 votos para ser confirmada, quando a maioria republicana contabiliza 52 lugares no Senado.
Trump tinha defendido a escolha do juiz do Colorado, depois de prometer nomear um magistrado contrário ao aborto para ocupar a nona cadeira do Supremo e restabelecer a maioria conservadora no organismo.