Amnistia Internacional: As condenações à pena de morte aumentaram drasticamente em 2016

Amnistia Internacional: As condenações à pena de morte aumentaram drasticamente em 2016
De  Maria Barradas
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O ano de 2016 assistiu a menos execuções de pena de morte do que 2015, mas o número de condenações aumentou fortemente. A China, A Arábia Saudita e o Irão estão no topo da lista dos carrascos.

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O número de pessoas executadas na sequência da condenação à pena de morte baixou em 2016, mas o número de condenações aumentou drasticamente, de acordo com o relatório da Amnistia Internacional

No mundo, 140 países aboliram a pena capital, mas os que mais a praticam são a China, o Irão, a Arábia Saudita, o Iraque e o Paquistão. A Amnistia Internacional – que há 36 anos luta contra a pena de morte – conseguiu contabilizar um total de 1032 execuções em 23 países no ano passado, excluindo a China. Estes dados revelam uma baixa de 37% relativamente a 2015.

O principal país a condenar os seus cidadãos à pena de morte e a executá-los é a China, cujos números se suspeita ultrapassarem o conjunto de todos os outros países. A ONG denuncia o facto de Pequim classificar os seus dados como segredo de Estado: “Penso que o mais alarmente é que a China continua a condenar milhares de pessoas à pena de morte todos os anos e a executá-las e nós não temos informação sobre isso. Não sabemos os nomes de muitas delas nem se tiveram direito a um julgamento ou outros detalhes”, afirma William Nee.

Excluindo a China, há quatro países responsáveis por 87% das execuções conhecidas. São, por ordem decrescente, o Irão (mais de 567); a Arábia Saudita (mais de 154), o Iraque (mais de 88) e o Paquistão (mais de 87). Da China não há elementos mas suspeita-se que ultrapassem o milhar.

Os Estados Unidos atingiram no ano passado o número mais baixo da sua história, com 20 pessoas executadas, menos oito que no ano anterior.

O relatório revela ainda que foram condenadas à morte 3117 pessoas em 55 países no ano passado, – um forte aumento face às 1998 de 2015 , e que, no final do ano, 18.848 aguardavam uma sentença que poderia ser de morte.

Enforcamento, injeção letal, pelotão de execução, decapitação, são os métodos mais comuns. Mas há países que praticam também a lapidação, como o Irão, uma pena destinada sobretudo às mulheres. A Amnistia denuncia ainda o facto de alguns estados executarem cidadãos menores no momento dos crimes que lhes são imputados e mesmo pessoas com graves deficiências mentais.

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