Alterações climáticas: António Guterres pressiona Donald Trump

Alterações climáticas: António Guterres pressiona Donald Trump
De  Francisco Marques
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O secretário-geral das Nações Unidas lança aviso global depois do Presidente dos Estados Unidos se ter recusado a comprometer-se com o tratado ambiental ratificado pelo antecessor, Barack Obama.

O Secretário-geral das Nações Unidas deixou um aviso global em nome do planeta e com Donald Trump como principal destinatário.

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Perante um eventual recuo dos Estados Unidos no cumprimento do Acordo de Paris contra as alterações climáticas, António Guterres lembrou que “os efeitos das alterações climáticas são perigosos e estão a agravar-se” e alertou: “Se algum governo duvida da vontade e da necessidade globais deste acordo, essa será uma razão para todos os outros se unirem ainda com mais força e manterem o rumo.”

O secretário-geral da ONU falava diante de uma plateia de estudantes, académicos e empresários, num encontro realizado na Escola de Negócios da Universidade Stern, em Nova Iorque.


Guterres alegou que “o mundo está numa confusão” e disse ser “absolutamente essencial a implementação do Acordo de Paris”.

“Temos de o cumprir com ambição acrescida”, reforçou, sublinhando que os avanços científicos sobre a ameaça ambiental “estão acima de qualquer dúvida.”


“A mensagem é simples: o comboio da sustentabilidade já deixou a estação. Entrem a bordo ou deixem-se ficar para trás”, atirou Guterres, defendendo mais à frente, respondendo a uma pergunta, “ser importante que os Estados Unidos não abandonem o Acordo de Paris.”

O aviso de Guterres surge depois de o Presidente norte-americano se ter recusado, na semana passada, durante a cimeira do G7 em Itália, a comprometer-se com o Acordo de Paris, um tratado alcançado na COP21, a conferência ambiental da ONU realizada em Paris no final de 2015. Donald Trump prometeu uma decisão final para esta semana.


O acordo foi estabelecido entre 195 países e foi já ratificado por 147, incluindo a China e os Estados Unidos, os maiores poluidores do planeta. O Acordo de Paris foi uma das últimas grandes decisões tomadas por Barack Obama como chefe da Casa Branca, mas foi sempre uma pedra no sapato de Donald Trump, que chegou a dizer serem as alterações climáticas uma invenção dos chineses.

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Logo após tomar posse como sucessor de Obama, Trump começou a desfazer algumas das barreiras levantadas pelo antecessor ao setor norte-americano dos combustíveis fósseis com a justificação da criação de empregos. Até a China já apelou aos Estados Unidos para cumprir o acordado em Paris, dando o exemplo com um forte investimento nas energias renováveis.




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