Corrupção da Odebrecht atinge Capriles

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O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, terá recebido doações para a campanha eleitoral de 2012 em que perdeu para o antigo presidente Hugo Chavez. No entanto, Chavez, que morreu meio ano depois, seria o principal destinatário de fundos ilegais

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Os tentáculos da alegada corrupção do conglomerado brasileiro Odebrecht começam a ser expostos.

O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, terá recebido doações para a campanha eleitoral de 2012 em que perdeu para o antigo presidente Hugo Chavez. No entanto, Chavez, que morreu meio ano depois, seria o principal destinatário de fundos ilegais, segundo a delação premiada de Euzenando Azevedo, ex-diretor da Odebrecht em Caracas. A informação é avançada pela revista Valor Brasil que explica que a ideia do conglomerado seria apostar nos dois potenciais presidentes para não ficar de fora do circulo do poder.

As revelações sucedem-se no continente sul-americano. No panamá o Ministério Público anunciou que o número de acusados de receberem subornos da Odebrecht subiu de 17 para 36, entre os quais se encontram dois filhos do ex-presidente Ricardo Martinelli.

Mas o Panamá é apenas um dos oito países sul-americanos em que as autoridades judiciais brasileiras começam esta quinta-feira a enviar provas de corrupção. Os outros países são a Argentina, o Equador, o México, o Peru, a República Dominicana, Venezuela e a Colômbia. Neste último, o ex-presidente da Odebrecht confirmou ter pago uma sondagem de um milhão de dólares para a campanha eleitoral do presidente e Nobel da paz, Juan Manuel Santos.

As provas são parte dos 77 acordos de delação premiada que executivos da Odebrecht fizeram com a Justiça brasileira.

A dimensão internacional do escândalo, já considerado o maior na história do Brasil e que atinge altas individualidades brasileiras nas investigações da Lava Jato, como o antigo Presidente Lula da Silva, foi conhecida no final de 2016, quando o departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou que a multinacional admitiu ter pagado 788 milhões de dólares em subornos em doze países da América Latina e África, 59 milhões dos quais foram pagos no Panamá entre 2009 e 2014.

Portugal também faz do lote de países investigados.

#Odebrecht El mayor cartel de políticos de América Latina #LavaJatopic.twitter.com/08Ra48TPfX

— Fernando (@fevillavicencio) June 1, 2017

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