Os kosovares elegem, domingo, o parlamento. Mas as possíveis acusações de crimes de guerra que alguns dos responsáveis do país podem enfrentar, e as tensões com a vizinha Sérvia, podem provocar perturbações em alguns mandatos.
O favoritismo vai para uma coligação de antigos “combatentes”, dirigida por antigos líderes do UCK (Exército de Libertação do Kosovo). O PDK e os dois pequenos partidos que formam a coligação conseguiram 45% dos votos em 2014. O seu primeiro-ministro seria Ramush Haradinaj, conhecido como “Rambo”, um homem que a Sérvia quer julgar por crimes de guerra.
O grande opositor é Avdullah Hoti . O até agora ministro das Finanças defende um programa “claramente pró-europeu” e promete “uma guerra intransigente contra a corrupção”.
Hoti é um próximo do antigo primeiro-ministro, Isa Mustafa, que entrou em colapso quando não conseguiu o voto de confiança e foi acusado pela oposição de não cumprir a promessa de melhorar a vida dos 1.8 milhões de habitantes do Kosovo.
Mais de nove anos após o Kosovo declarar a independência da Sérvia, quase um terço da população está desempregada, enquanto o salário médio é de cerca de 300 euros por mês.
Mas o crescimento do país continua forte, principalmente graças às remessas do exterior que representam cerca de 20% do produto interno bruto (PIB).