Um juíz ordenou a detenção preventiva do ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, e da sua mulher, Nadine Heredia, que enfrentam acusações de lavagem de dinheiro e conspiração.
Um juíz ordenou a detenção preventiva do ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, e da sua mulher, Nadine Heredia, que enfrentam acusações de lavagem de dinheiro e conspiração.
A decisão, anunciada quinta-feira, autoriza a detenção preventiva por 18 meses, enquanto são investigados, depois de a acusação argumentar que o casal podia fugir do Peru.
“Os advogados entregaram os nossos passaportes. Mostrámos boa vontade em todos os momentos, mas o procurador interpreta sempre tudo ao contrário. Acho que o homem está envenenado,” declarou Ollanta Humala, após tomar conhecimento da decisão do tribunal.
O juíz, Richard Concepcion, decidiu a favor de um pedido do procurador, German Juarez, que acusa Humala e Heredia de receberem, ilegalmente, fundos do presidente venezuelano Hugo Chavez e das empresas brasileiras de construção Odebrecht SA e OAS SA. Dinheiro que terá sido usado nas campanhas de Humala e para enriquecimento pessoal.
A Odebrecht admitiu, perante as autoridades do Brasil e dos Estados Unidos, que entregou subornos de 29 milhões de dólares no Peru entre 2005 e 2014, período que abrange os governos de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016).
O mesmo juiz já tinha ordenado a detenção do ex-presidente peruano Alejandro Toledo por tráfico de influências e lavagem de dinheiro.