A crise diplomática no Golfo só se resolve quando o Qatar aceitar as exigências dos vizinhos, garantiu o ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, após uma reunião com o ho
A crise diplomática no Golfo só se resolve quando o Qatar aceitar as exigências dos vizinhos, garantiu o chefe da diplomacia da Arábia Saudita, após uma reunião com o homólogo belga, quinta-feira, em Bruxelas.
“Chegámos à conclusão de que basta o que basta. Se o Qatar quer fazer parte do Golfo, tem que agir de outra forma, tem de parar com este mau comportamento”, disse Adel al-Jubeir.
S.E.M. Adel al-Joubeir, Ministre des Affaires étrangères rencontre S.E.M.
dreynders</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/Belgique?src=hash">#Belgique</a> <a href="https://t.co/vFMVABHfvD">pic.twitter.com/vFMVABHfvD</a></p>— Arabie Saoudite enBE (
KSAembassyBE) July 20, 2017
“Caso contrário, estamos preparados para esperar e ver. Não temos pressa. Mas não podemos voltar à situação anterior. Os Qataris sabem exatamente o que lhes é exigido e cabe-lhes responder. É nesse ponto que estamos”, acrescentou o governante saudita.
Para ajudar a mediar a crise, Federica Mogherini vai deslocar-se ao Kuwait, no próximo fim-de-semana.
A intervenção da chefe da diplomacia da União Europeia poderá diminuir a tensão regional sobre quem dá apoio a grupos extremistas, tais como o Daesh, segundo um analista político do Trend Institute.
“A Europa tem muita experiência em lidar com pontos de vista opostos e em fazer a ponte entre pessoas no sentido de abordarem questões de interesse comum”, disse Richard Burchill à euronews.
“A Europa também possui uma vasta experiência e capacidade institucional ao nível da luta contra o financiamento do terrorismo e do extremismo. A presença da União Europeia é bem-vinda, até porque agora não podemos confiar numa posição coerente por parte dos EUA. Assim, a Europa pode assumir a liderança e trazer algum equilíbrio e objetividade para o debate. E, certamente, agradeceremos esse maior envolvimento”, concluiu o analista político.
Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito instam o Qatar a comprometer-se com seis princípios de combate ao extremismo e terrorismo islâmico, como condição para retomarem as relações diplomáticas com o país, cortadas em junho passado.
O Qatar nega as acusações e recusa-se a aceitar as exigências, que incluem encerrar a cadeia de televisão Al-Jazira, reduzir as relações com o Irão, encerrar uma base militar da Turquia no seu território e coartar as ações de várias pessoas e entidades.