Spicer ocupava o lugar há seis meses
Com Lusa e Associated Press
O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, demitiu-se de funções, depois do presidente Donald Trump ter nomeado o investidor nova-iorquino Anthony Scaramucci, de 53 anos, para o cargo de diretor de comunicação da Casa Branca.
Segundo a Associated Press, Spicer demitiu-se porque está contra a nomeação de Scaramucci para diretor de comunicação da Casa Branca.
Scaramucci terá sido visto na manhã de sexta-feira na residência oficial do Presidente dos Estados Unidos.
Spicer’s daily press briefings became must-see TV until recent weeks when he took on a more behind-the-scenes role. https://t.co/vtCvasWfdW
— The Associated Press (@AP) 21 de julho de 2017
O anterior diretor de comunicação da Casa Branca, Mike Dubke, demitiu-se do cargo em maio, após semanas de especulações sobre a possibilidade de alterações na estratégia comunicativa do Governo devido à polémica investigação russa. Dubke trabalhou estreitamente com o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, o rosto público do Governo e alvo frequente de críticas pela sua relação com os jornalistas.
Um porta-voz polémico
A postura de Spicer na sala de imprensa da Casa Branca tornou-se uma imagem de marca do porta-voz e acabou por ser satirizada por uma atriz de Hollywood num programa de humor do horário nobre da televisão americana.
Spicer envolveu-se depois numa nova polémica quando foi abordado numa loja em Washington por uma mulher a propósito das políticas de Trump e reagiu com uma frase que lhe valeu acusações de racismo: “Que grande país este é, que até lhe permite estar cá!”.
A propósito da utilização de armas químicas na Síria, o porta-voz provocou indignação mundial quando, no início de abril, comparou o uso de armas químicas na guerra civil síria e o Presidente Bashar al-Assad ao Holocausto e a Hitler.
Nos dias seguintes, desdobrou-se em desculpas e afirmou que tinha “traído a confiança” de Trump com tal comparação.