Mark Asay foi condenado à morte por homicídio de dois homens, na Florida. Na injeção letal foi usada uma droga nunca antes experimentada.
Tinha 53 anos, chamava-se Mark James Asay, matou duas pessoas em 1987 e morreu esta quinta-feira às 18.22 locais na Florida por injecção letal que incluiu uma droga nunca antes usada numa execução nos Estados Unidos.
Primeira execução por motivos raciais desde 1976
Foi a primeira condenação por crime com motivação racial desde que a pena de morte foi reinstaurada na Florida, em 1979. A execução foi feita na prisão estadual, condado de Bradford, a cerca de 80 quilómetros dos locais dos crimes.
A sentença à morte, em 1988, deveu-se ao homicídio de dois homens em ocasiões separadas no mesmo dia, um ano antes.
Depois de fazer comentários racistas acerca de Robert Lee Booker, afro-descendente, Mark James Asay disparou sobre ele.
Robert McDowell foi a segunda vítima, atingida múltiplas vezes no peito. McDowell teria acedido a favores sexuais, tendo sido identificado como hispânico, vestindo de mulher à ocasião da morte.
Asay alegou que McDowell o teria enganado com dinheiro. A quantia em questão: dez euros.
Droga nunca experimentada em injeção letal
A droga usada, o etomidato, foi o argumento para uma suspensão da sentença, mas sem diferimento pelo Tribunal. Foi usada pela primeira vez numa execução nos Estados Unidos e o fabricante opõe-se ao seu uso com este fim, podendo causar morte dolorosa.
A droga foi desenvolvida pelo ramo farmacêutico de uma multinacional que se opôs ao uso em coquetéis de injeções letais.
De acordo com especialistas, a droga é difícil de administrar e pode causar queimaduras severas caso seja usado de modo inadequado. Pode também provocar dor na injeção se houver lesão das veias, o que, em caso de detidos, é frequente por uso prolongado de drogas injetáveis.