A situação mais complicada será a da arena de Samara, cujas obras de cobertura estão atrasadas e a entrega à FIFA está prevista para o final deste ano.
O presidente da Rússia admite haver atrasos nas obras dos estádios previstos para receber no próximo ano o Campeonato do Mundo de futebol.
Após uma reunião com a equipa de supervisão da organização do Mundial e o Conselho para o Desenvolvimento da Educação Física e Desporto, Vladimir Putin disse que os atrasos não são graves, mas deixou um aviso: “Se o trabalho abrandar, a Rússia não vai cumprir a tarefa na totalidade”.
“Quaisquer atrasos na preparação do Mundial de futebol são inadmissíveis”, alertou.
Putin diz que atraso nas obras da Copa do Mundo 2018 é inadmissível pic.twitter.com/aJA5iKlnAY
— Jornal Destak (@destak) 3 de outubro de 2017
Quatro dos doze estádios previstos foram já utilizados na recente Taça das Confederações, mas outros, como a Arena de Samara, estão ainda longe da conclusão e têm de ser entregues até final do ano. Siotuado 1000 quilómetros a leste de Moscovo, o recinto que irá ser a “casa” do FC Krylia Sovetov Samara agravou o orçamento de construção para mais de 270 milhões de euros e vai ter uma lotação prevista de 45 mil espetadores.
‘Construction delays, but local govt vows to finish ASAP’: FIFA on Samara 2018 World Cup arena | The Locus
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No final de setembro, uma equipa de supervisores da FIFA, o organismo que superintende o futebol mundial e é responsável pela principal competição de seleções, visitou o recinto de Samara. “É óbvio que há atrasos neste projeto. É uma estrutura complicada de cobertura, integra muito aço e trabalho metalúrgico”, referiu o responsável de eventos e competições da FIFA.
Colin Smith admite a “preocupação” do organismo internacional, mas disse ter recebido da parte do governador e das autoridades locais o “total compromisso” de que “tudo vai estar feito de forma a estar acabado tão cedo quanto possível”. “Os próximos dois ou três meses vão revelar-se decisivos e nós vamos monitorizar tudo de perto”, referiu o responsável da FIFA.0
Vladimir Putin, por seu turno, desdramatiza a situação e garante que “a situação não é horrível”, mas alertou os responsáveis locais de que “é sempre mais difícil resolver as coisas nos derradeiros momentos.”
O Mundial de 2018 começa a 14 de junho, no Estádio Luzhniki, em Moscovo, com a seleção anfitriã ainda à espera de conhecer o primeiro adversário.