Argentina, Paraguai e Uruguai juntam-se para organizar a edição do centenário do campeonato do Mundo de futebol e poderáo ter a concorrência da China.
Os presidentes da Argentina, Uruguai e Paraguai anunciaram a candidatura conjunta à organização do Campeonato do Mundo de futebol de 2030, que marcará o centenário da competição, organizada pela primeira vez em Montevideo.
O anúncio foi feito após uma reunião em Buenos Aires entre os chefes de Estado do Paraguai, Horacio Cartes, do Uruguai, Tabaré Vazquez, e da Argentina, Mauricio Macri.
Argentina, Uruguay y Paraguay quieren organizar el Mundial de 2030 https://t.co/ZQ414Qtl40
— EL PAIS América (@elpais_america) 5 de outubro de 2017
“A primeira reunião [de preparação da candidatura] será organizada nas primeiras semanas de novembro”, adiantou Horacio Cartes, admitindo que outros países terão a pretensão de acolher o evento, mas lembrando que o primeiro Mundial da história foi realizado em 1930, no Uruguai, onde o anfitrião venceu na final a Argentina, por 4-2.
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, também se encontrava na capital argentina e esteve reunido com os três chefes de Estado, dos quais um primeiro esboço da candidatura tripartida.
Em março do ano passado, o presidente do Uruguai já tinha transmitido formalmente ao presidente da FIFA o desejo de o seu país organizar em conjunto com a Argentina o Mundial de 2030, tendo Infantino sinalizado que a organização que dirige estava à altura concentrada apenas no processo de atribuição do Mundial de 2026.
“Na FIFA, a prioridade vai agora claramente para 2026. Mas é muito positivo que exista este interesse por parte de dois países que escreveram a história do futebol”, declarou então o líder do organismo que superintende o futebol mundial.
Ayer oficialmente Argentina, Uruguay y Paraguay presentaron su candidatura conjunta para el Mundial 2030 #DespiertaConLoretpic.twitter.com/l0O2aHnc1q
— Antonio de Valdés (@adevaldes) 5 de outubro de 2017
Embora sem ter oficializado a sua pretensão, também a China já manifestou interesse em acolher uma próxima edição da competição.
Em setembro do ano passado, o vice-presidente da Federação Chinesa de Futebol, Zhang Jian, declarou: “Todos os amantes chineses do futebol têm um sonho: receber o Campeonato do Mundo na China. Espero que se realize o mais cedo possível, mas a FIFA tem as suas regras e nós respeitamos isso”, disse o candidato a representante da Confederação Asiática de Futebol (AFC) no conselho da FIFA, durante um congresso então realizado em Goa, na Índia.
O Mundial2018 vai ser disputado na Rússia e o de 2022 no Qatar, país membro da AFC, o que, em teoria, impede a China de organizar o Mundial2026, já que a FIFA não permite que o campeonato seja organizado duas vezes seguidas no mesmo continente. O sonho chinês deverá, por isso, ser transferido para o torneio de 2030.
O presidente chinês Xi Jinping já expressou o desejo de que o mais populoso país do mundo receba a maior competição de futebol mundial, mas, do ponto de vista desportivo, a seleção da China continua longe das equipas de topo, ocupando o 62.º lugar no ‘ranking’ da FIFA.
A América do Sul foi o palco do Mundial de 2014, através do Brasil, mas a última vez que um dos países da nova aliança tripartida recebeu o torneio aconteceu há quase 30 anos, na Argentina. O Uruguaio organizou e venceu a primeira edição, enquanto o Paraguai nunca foi palco de um campeonato do Mundo de futebol.
Texto: Lusa
Edição: Francisco Marques