Novo escândalo no executivo de Theresa May

A primeira-ministra britânica chamou, esta quarta-feira, a ministra para o Desenvolvimento Internacional depois desta se ter encontrado, em segredo, durante as suas férias, com 12 dirigentes israelitas, entre eles o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Priti Patel já se desculpou por ter omitido os encontros, ainda assim foi obrigada a regressar a Londres, quando fazia uma viagem ao continente africano.
O executivo britânico já explicou que Patel disse a May que os encontros tinham como objetivo a possibilidade do Reino Unido financiar a assistência humanitária ao exército israelita a feridos sírios nos montes Golã, cuja ocupação por Israel não é reconhecida por Londres. Na maioria dos encontros Patel esteve acompanhada por Stuart Polak, presidente honorário de um grupo de pressão pró-Israel, da ala conservadora do Reino Unido.
É mais um espinho no já frágil executivo minoritário de Theresa May. A um de novembro Boris Johnson afirmou que Nazanin Zaghari-Ratcliffe, trabalhadora de uma organização não-governamental, estava a ensinar jornalismo, antes de ser detida no Irão, dando força às acusações de Teerão.
A juntar a esta situação há as acusações de assédio sexual que recaem sobre Damian Green, o número 2 do governo britânico e sobre Michael Fallon ex-secretário da Defesa.