O inferno dos refugiados em Chios

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De  Ricardo Figueira
O inferno dos refugiados em Chios

Estamos no campo de refugiados da ilha de Chios, na Grécia. O campo tem capacidade para 800 pessoas, mas agora são mais de 2300. Só em outubro, chegaram aqui mais de mil pessoas e, desde o início do mês de novembro, ficaram aqui quase 600 dos mais de 2000 refugiados que chegaram às ilhas do norte do Egeu. As condições são más e, com o inverno, tudo piora.

“Está frio, é inverno. Precisamos de contentores para as crianças. De mim não quero saber, mas tenho filhos e a minha mulher está grávida. Não nos podemos proteger da chuva”, conta Adbulmajed Hussain, refugiado sírio.

No campo, têm comida, água e medicamentos. Mas nem tudo aqui é gratuito. Kasim é iraquiano e teve de pagar 45 euros pela tenda onde dorme.

Outros queixam-se da lentidão das burocracias: “Esperamos, esperamos, esperamos. Porquê? O meu bebé está doente e precisamos de ir para um hospital”, diz Mahmod Akla, iraquiano de 29 anos.

Todos os meses, cerca de 200 migrantes e refugiados são transportados de Chios para Atenas, No entanto, são muitos mais os que chegam da Turquia. O campo está cheio e não pode acolher mais pessoas, por isso há refugiados a montar tendas à volta do campo.

Com Apostolos Staikos, em Chios