Cimeira UE-UA: desenvolvimento económico é prioridade

Cimeira UE-UA: desenvolvimento económico é prioridade
De  Euronews
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O desafio é fazer uma agricultura moderna que atraía os jovens e seja sustentável do ponto de vista ambiental.

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O desenvolvimento económico em África é um dos tópicos prioritários da cimeira União Europeia – União Africana a decorrer na Costa do Marfim. Por exemplo, cerca de 80% da produção de bananasneste país tem como destino final o mercado europeu. A euronews visitou a plantação de Nieky, 12,5 quilómetros quadrados de terrenos onde trabalham 1515 pessoas.

“Até 2030 África terá que gerar até 380 milhões de postos de trabalho, 220 milhões dos quais na agricultura e zonas rurais. O desafio é fazer uma agricultura moderna que atraía os jovens e que seja sustentável do ponto de vista ambiental”, afirma a enviada da euronews, Isabel Marques da Silva.

África conta com 60% das terras aráveis de todo o mundo e a maior parte destas ainda estão por explorar. O desafio é atrair jovens proporcionando boas condições de vida aos trabalhadores. Por exemplo, esta plantação conta com uma escola e uma enfermaria.

“Existe um nível de remuneração que é correto. Temos sistemas de proteção social, centros de saúde, seguros contra doenças. Podemos trabalhar numa plantação e cuidar de uma família, alimentar uma família sem problemas. É preciso que a juventude veja este trabalho como qualquer outra atividade. Podem trabalhar numa plantação para uma empresa como a nossa, também um dia podem criar as suas próprias plantações”, adianta Kossomina Ouattara, diretor técnica desta plantação.

A Europa vê o desenvolvimento económico como essencial para fixar populações e resolver a questão das migrações. Para tal, contudo, os produtores agrícolas reclamam um nível de proteção e acesso aos mercados europeus como explica Jean-Marie Kakou Gervais, presidente da Associação de Produtores e Exportadores de Banana da Costa do Marfim (Obamci), “nós não podemos competir nesses mercados sem proteção. É a batalha que travamos ao nível da União Europeia. Com a tonelada de banana a menos de 75 euros a nossa atividade desaparece”.

Estimativas sugerem que a população africana irá atingir os 2,5 mil milhões de pessoas até 2059.

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