Traficante de ouro acusa governantes turcos num tribunal americano

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De  Euronews
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O traficante de ouro turco-iraniano, Reza Zarrab, que está a ser julgado nos Estados Unidos por evasão às sanções económicas americana contra o Irão, acusa ex-governantes turcos.

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É mais uma dor de cabeça para o governo turco que contava que o assunto estivesse encerrado.

O negociante de ouro, Reza Zarrab, disse esta quarta-feira num tribunal de Nova Iorque que "deu milhões de dólares de luvas aos ex-ministro turco da Economia para obter facilidades no tráfico ilícito de ouro com o Irão".

Zarrab, que foi detido nos Estados Unidos em 2016, aceitou cooperar com a justiça americana, num processo por evasão às sanções económicas americanas contra o Irão.

Em dezembro de 2013, este magnata turco-iraniano tinha sido detido na Turquia, num grupo em que estavam integrados filhos de ministros, mas fora libertado semanas depois.

Ancara esperava ter evitado esta exposição. O ex-ministor em causa é Zafer Gaglayan. Segundo o testemunho de Zarrab, o encontro com o ministro ocorreu em 2012, na altura em que este tentava impor-se como intermediário de tráfico ilícito de ouro que implicava bancos turcos e iranianos.

O ministro Calayan demitiu-se na sequência do escândalo. mas Zarrab recebeu ajuda também de outros ministros para a abertura de contas em vários bancos, como Egmen Bagis, na altura ministro das relações com a União Europeia.

Desde que Reza Zarrab foi detido nos Estados Unidos, a Turquia reclama a sua libertação e denuncia um complô político, pilotado pelo opositor Fethullah Gülen, que vive há vários anos no estado norte-americano da Pensilvânia.

Ilibado na Turquia, juntamente com os ministros implicados, Caglayan, foi acusado pela justiça americana, mas não compareceu no bancos dos réus.

Das nove pessoas acusadas nos Estados Unidos, para além de Reza Zarrab, só o ex-diretor geral do Halkbank, Mehmet Hakan Atilla, está a enfrentar a justiça. Zarrab afirmou que Atilla o ajudou a maquilhar o tráfico para que a origem iraniana dos fundos não fosse detetada pelos bancos americanos.

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