Jacob Zuma foi formalmente acusado de corrupção, menos de um mês depois de ter abandonado a presidência da África do Sul
O ex-chefe de Estado sul-africano foi formalmente acusado de corrupção. Em causa um contrato de compra de armas que remonta ao final da década de 90 e que envolve vários industriais europeus. Um negócio avaliado em cerca de dois mil milhões de euros quando Jacob Zuma ocupava o cargo de vice-presidente.
De acordo com o procurador-geral, Shaun Abrahams, o ex-presidente vai ser julgado por fraude e corrupção. O até há bem pouco tempo homem forte da África do Sul enfrenta 16 acusações.
"Em nome da transparência, do interesse da justiça e da Procuradoria, penso que submeter o caso a julgamento é a forma mais apropriada de abordar as acusações" refere Shaun Abrahams, procurador-geral da África do Sul
O maior partido da oposição, a Aliança Democrática, já se congratulou com a decisão da Procuradoria.
Zuma diz estar a ser "vítima de má conduta." Pressionado pelo Congresso Nacional Africano, o ex-chefe de Estado acabou por apresentar a demissão em meados de fevereiro na véspera da votação de uma moção de censura.