Rohani, Putin e Tayyip Erdoğan encontraram-se em Ancara pela segunda vez em seis meses.
Os líderes russo, turco e iraniano encontrara-se em Ancara esta quarta-feira no segundo encontro entre os três chefes de estado em seis meses.
Putin, Erdogan e Rohani querem acelear o processo de paz na Síria, mas o encontro é visto pelo Ocidente como uma tentativa de coordenar esforços para consolidar a influência regional no país.
A agência noticiosa Estatal iraniana FARS refere que o tripartito tem como meta "aniquilar o Estado Islâmico."
Putin, Erdogan e Rohani apoiam as conversações de paz para a Síria em Astana, no Cazaquistão, um processo realizado à margem das conversações de paz auspiciadas pelas Nações Unidas.
As conferências de Astana realizam-se desde janeiro de 2017. Os três líderes defendem que os encontros têm contribuído para o apaziguamento da violência em território sírio.
Horas antes do início do encontro, Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos, disse que tropas norte-americanas deixariam a Síria. Tal deveria começar a acontecer em breve.
Depois de um encontro bilateral com o presidente da Federação Russa, o presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, anunciou que a cooperação entre Ancara e Moscovo na Síria era para continuar.
Rohani acusa EUA
Durante o encontro, o presidente da República Islâmica do Irão, Hassan Rouhani, acusou os Estados Unidos de apoiarem os jiadistas do autoproclamado Estasdo Islâmico ou Daesh (sigla em língua árabe) na Síria e apelou a todos os países a respeitarem a independência do aliado, de acordo com a televisão Estatal persa.
"Alguns países, incluindo os Estados Unidos, apoiam grupos terroristas, como o Estado Islâmico, na Síria, que ajudam esses países," disse Rohani.
"O Irão acredita que a crise na Síria não tem uma solução militar e a salvaguarda da independência da Síria é uma prioridade para Teerão," continuou o presidente iraniano.
A edição digital em língua inglesa da TRT, a rádiotelevisão turca, no entanto, refere que há bastantes diferenças entre os presidentes turco e russo quanto ao futuro da Síria.