Arábia Saudita volta a ter cinema

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Depois de 35 anos de banimento, o cinema volta à Arábia Saudita. As salas não terão segregação de género e os filmes, para já, são americanos.

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Trinta e cinco anos depois de ter sido banido, o cinema voltou a passar frente aos olhos de cerca de meio milhar de sauditas.

A estes convidados, a empresa americana AMC, detida por capital chinês, exibiu o recente êxito de bilheteira de Hollywood, "Black Panther", na ainda única sala de cinema no centro financeiro da capital, Ríade. Prevê-se que a sala abra ao público em maio.

Rahaf Alhendi, residente de Ríade e convidada a assistir à exibição cinematográfica, diz com um sorriso que a Arábia Saudita está em rota para a atualidade:

"É uma nova era, um tempo novo, é assim de simples. As coisas estão a mudar, o progresso acontece, estamos a abrir-nos e a pôr-nos a par de tudo o que se passa no mundo."

A Arábia Saudita apresentou no ano passado o programa de retoma económica, Vision 2030, em que o ministro da cultura prevê que 32 milhões de pessoas possam pagar para ver filmes em 230 cinemas até 2030. A AMC terá sido apenas a primeira a obter licenciamento do ministério, mas a Vue International prevê abrir 30 multiplexes na Arábia Saudita e a Vox Cinemas e Novo Cinemas, ambas dos Emirados Arábes Unidos, apontam o objetivo de internacionalização num mercado novo e potencialmente maior.

Adam Aron, diretor executivo da AMC Entertainment Holdings, não deixa de aludir ao potencial económico do investimento da AMC num cinema moderno, dentro de uma superfície comercial e sem notórias diferenças de muitas salas idênticas ocidentais:

"Os sauditas vão poder agora ir a um belo cinema e ver filmes do modo como se supõe que o cinema deve ser visto: num grande ecrã. Temos mais de 1000 cinemas em 15 países. Este é capaz de ser o mais belo cinema no mundo."

Espera-se que a indústria do cinema saudita cresça cerca de mil milhões de euros no próximos anos, guardando assim em casa o dinheiro dos filmes que muitos sauditas vão ver a países vizinhos. 

Quanto aos filmes exibidos, é Hollywood quem chega agora em força ao Médio Oriente.

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