União Europeia "não tem estratégia" para lidar com Rússia

União Europeia "não tem estratégia" para lidar com Rússia
Direitos de autor  Alexander Zemlianichenko/Pool via REUTERS
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De  Sandor ZsirosIsabel Marques da Silva
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Num clima que alguns consideram de quase "guerra fria", a União Europeia vai ter de continuar a lidar com Vladimir Putin como presidente da Rússia por mais seis anos. A analista política Judy Dempsey, do Carnegie Europe, diz que o bloco comunitário tem de ter uma estratégia para lidar com o país.

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Num clima que alguns consideram de quase "guerra fria", a União Europeia vai ter de continuar a lidar com Vladimir Putin como presidente da Rússia por mais seis anos. Mas será que o bloco comunitário deve esperar mudanças no "gigante" do leste europeu?

"Muito vai depender de quem será o primeiro-ministro, em primeiro lugar. Em segundo lugar, tem que se ver a composição do gabinete. Claro que o gabinete tem sido sempre composto por pessoas da confiança de Putin, mas especula-se sobre o papel do atual primeiro-ministro, Dmitri Medvedev. Francamente, temos muito pouca informação sobre o que poderá acontecer. Achei o discurso bastante extraordinário porque foi desprovido de qualquer conteúdo", disse, à euronews, July Dempsey, analista política do centro de estudos Carnegie Europe.

A relação entre as duas potências arrefeceu, em grande medida, por causa da anexação da Crimeia (território da Ucrânia) que levou a União Europeia a impor sanções contra a Rússia, mas é preciso ter uma visão para o futuro, aconselha a analista.

"Por enquanto, é interessante ver que a União Europeia se tem mantido muito unida nesta matéria e acho que assim continuará, mas isso não é o mesmo que ter uma estratégia. Mais cedo ou mais tarde, alguns dos grandes países terão que se reunir para falar sobre isso - e ouvirem também os países bálticos e a Polónia, entre outros - para decidirem como se pode lidar com esta Rússia", acrescentou July Dempsey.

Face à recente condenação unânime do ataque contra um ex-espião russo a viver no Reino Unido, não é de esperar um grande degelo nas relações entre Rússia e União Europeia.

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