Reações à investidura de Quim Torra

O governo Autónomo da Catalunha tem um novo presidente, Quim Torra, uma escolha que não foi consensual. Até porque Torra está muito ligado a Carles Puigdemont, e à ala independentista. Isso ficou claro no seu discurso de investida, e nem todo o apreciaram:
"Hoje é um dia muito triste porque o homem que acaba de tornar-se presidente da Generalitat da Catalunha defende teses de exclusão, é um homem que diz que a Catalunha pertence a quem se sente apenas catalão, que argumenta que não é natural falar espanhol na Catalunha e penso, evidentemente, que este cavalheiro não tem qualquer tipo de intenção de rever a situação, de dialogar, ele reafirmou tudo o que Puigdemont fez, e disse que iria mais longe. Temos um Puigdemont 2.0, com teses de exclusão e, claramente, xenófobas", afirmou Inés Arrimadas, líder dos Cidadãos, Ciudadanos, em espanhol.
Mas nem todos concordam com a visão de Inês Arrimadas a líder do partido que tem vindo a ganhar poder em Espanha:
"Estamos felizes que a espada de Dâmocles, que é o artigo 155, tenha acabado. E que se governe, aqui, respeitando a representação internacional do governo no exílio", disse Gabriel Rufián, deputado espanhol do ERC.
Resta saber se o equilíbrio, mesmo no seio de um governo independentista, será conseguido:
"Esquerda Republicana e Juntos pela Catalunha repartiram os lugares no novo executivo catalão. No futuro saber-se-á se as feridas abertas durante a última legislatura e as divergências de estratégias, perante a justiça espanhola, acabarão por pesar neste governo", esclarece Cristina Giner, correspondente da euronews em Barcelona.