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Cannes rende-se a realizador japonês

Cannes rende-se a realizador japonês
Direitos de autor  REUTERS/Jean-Paul Pelissier
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De Nara Madeira
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O realizador japonês Hirokazu Kore-eda foi o grande vencedor do Festival de Cannes 2018. Uma cerimónia marcada, também, pelo relembrar dos escândalos de Hollywood.

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No final das contas as polémicas "hollywoodescas" não foram suficientes para que as mulheres se impusessem em Cannes. A Palma de Ouro acabou por ser entregue ao cineasta japonês Hirokazu Kore-eda, e a um filme sobre uma família de pequenos criminosos que adota uma criança que encontram na rua:

"É incrível levar este presente para toda a equipa, para todos aqueles que ficaram no Japão. Quando soube que era Palma de Ouro fiquei impressionado, é incrível. Agora tenho de voltar para o mundo real e continuar a colocar todo o meu amor no meu trabalho como cineasta e fazer filmes que continuem a ter integridade", diz o realizador.

Ainda assim, as mulheres estiveram em destaque, nas intervenções que foram sendo feitas ao longo do certame. Asia Argento afirmou ter sido violada por Harvey Weinsteins em Cannes em 1997.

O segundo prémio foi para Spike Lee, e o seu Black Klansman, que conta a história real de um detetive negro que se infiltrou na Klu Klux Klan nos anos 70, do século passado, no Colorado.

A atriz libanesa, que virou realizadora, Nadine Labaki, levou para casa o terceiro prémio do certame francês com Capharnaum, que nos leva às favelas mais pobres de Beirute:

"Este tipo de plataforma, este reconhecimento, penso que vai ajudar essa voz a ressoar ainda mais. Se é ingénuo pensar que este filme pode mudar alguma coisa na vida real? Não sei, mas se for capaz de abrir o debate, talvez seja um começo", refere a cineasta.

O prémio de melhor atriz foi para a cazaque Samal Yesly-amova, pelo seu poderoso desempenho em Ayka de Sergey Dvortsevoy:

"Fiquei muito feliz em trabalhar com este realizador, sou-lhe muito grata , porque só ganhei este prémio por causa dele e do seu trabalho", adianta a consagrada atriz.

O italiano Marcello Fonte levou para casa a Palma de melhor ator, pela interpretação de um criminoso em Dogman de Matteo Garrone:

"Sinto-me reconhecido, é como se tudo aquilo para que trabalhei até agora tenha sido reconhecido. Eu estava preocupado como o para onde vou agora, mas este prémio é a prova de que eu estava no caminho certo", afirma o ator galardoado.

Cannes despede-se. Para o ano há mais.

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