Zuckerberg pede desculpa e vai colaborar com eurodeputados

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De  Isabel Marques da Silva
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O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, pediu desculpas no Parlamento Europeu, em Bruxelas, na terça-feira, por não ter feito mais para evitar o uso indevido de dados privados dos utilizadores da plataforma digital.

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O presidente-executivo do Facebook pediu desculpas no Parlamento Europeu, em Bruxelas, na terça-feira, por não ter feito mais para evitar o uso indevido de dados privados dos utilizadores da plataforma digital.

"Não tivemos uma visão ampla da nossa responsabilidade. Foi um erro e sinto muito por isso", disse Mark Zuckerberg.

O empresário foi confrontado com questões dos líderes dos grupos políticos e eurodeputados especialistas na matéria.

"Chegou o momento de debater como acabar com o monopólio do Facebook porque é muito poder concentrado numa só entidade", disse Manfred Weber, eurodeputado alemão que é líder parlamentar do Partido Popular Europeu.

Para evitar o uso indevido de dados dos utilizadores e travar a publicação de conteúdo prejudicial, o Facebook pretende desenvolver novo software e acatar regras externas.

Zuckeberg argumentou que "ter algum tipo de regulamentação é importante e inevitável. O importante é fazê-lo da forma certa e assegurar que as regras ajudam a proteger as pessoas, mas que são flexíveis para permitir a inovação e que não impedem o desenvolvimento de novas tecnologias, tais como a inteligência artificial".

Os eurodeputados estão, especialmente, preocupados com a alegada utilização da rede social para manipulação política que possa ter impacto nos resultados de eleições.

"O senhor deve questionar-se sobre como quer ser lembrado. Se como um dos três líderes gigantes da Internet, em conjunto com Steve Jobs e Bill Gates, que enriqueceram o mundo e as sociedades. Ou, pelo contrário, se quer ser o génio que criou um monstro digital que está a destruir as nossas democracias e sociedades", aconselhou Guy Verhofstadt, eurodeputado belga e líder parlamentar da Aliança dos Liberais.

A audição aconteceu três dias antes da entrada em vigor na União Europeia do Regulamento Geral de Proteção de Dados, um dos mais protecionistas do mundo.

O Facebook está envolvido num escândalo sobre uso indevido de dados dos utilizadores por uma empresa de consultoria em comunicação política.

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