Dados privados: Pequenos empresários "aturdidos" com regras

 Dados privados: Pequenos empresários "aturdidos" com regras
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De  Elena Cavalloneisabel marques da silva
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A entrada em vigor, a 25 de maio, do Regulamento Geral de Proteção de Dados, da União Europeia, pode ser uma "dor de cabeça" para pequenas e médias empresas que têm menor capacidade técnica e financeira para fazer esta adaptação.

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Os cidadãos europeus estão a receber avisos de que devem renovar a autorização para o uso dos seus dados privados em plataformas na Internet. É uma nova fasquia de segurança devido à entrada em vigor, a 25 de maio, do Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia.

Mas é também uma "dor de cabeça" para pequenas e médias empresas que têm menor capacidade técnica e financeira para fazer esta adaptação.

Proprietária de uma loja de decoração em Bruxelas, Kelly Claessens vende alguns produtos online e guarda dados tais como email, número de telefone e número de contribuinte.

"Uma percentagem muito pequena de pessoas reconfirma efetivamente que dá autorização. Mesmo se fizermos esta atualização, vamos perder a maioria dos subscritores", disse à euronews.

O regulamente também obriga a fazer um registro das atividades de processamento de dados e uma avaliação de eventuais riscos sobre este processamento.

"É muito difícil porque não temos orçamento para contratar alguém que fique responsável por isto, então temos que o fazer sozinhos", acrescenta a empresária.

O não cumprimento das regras pode levar a multas de até 4% da faturação ou 20 milhões de euros, o valor que for mais elevado.

No entanto, o consultor jurídico Frank Socquet refere que as pequenas e médias empresas têm alguma margem de manobra porque serão menos visadas.

"Mas se houver alguma queixa, ou se a autoridade nacional iniciar uma investigação, será crucial que a empresa mostre, pelo menos, que tentou cumprir as regras", alertou.

O regulamento gera também oportunidades de negócio para os peritos nesta matéria, que poderão ter entre as pequenas e médias empresas novos clientes.

"Atualmente, já se podem encontrar verdadeiros especialistas, mas também há muitos em que não se deve fiar e que só querem aproveitar-se do receio dos empresários. Na maioria dos casos, não é preciso ter um especialista", explicou Frank Socquet.

Já os consumidores devem continuar a receber muitas mensagens dos seus fornecedores de bens e serviços por via digital.

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