O líder da Coreia do Norte comprometeu-se a trabalhar para a desnuclearização da península.
Esta cimeira histórica acabou e terminou com aquilo a que o Presidente Trump chamou de 'um documento bastante abrangente'. Já vimos esse documento, tem 2 páginas... Na verdade, apenas uma página porque na segunda figuram apenas as assinaturas dos dois líderes. O mais importante é o ponto três.
Este terceiro ponto simplesmente reitera, reafirma o que Kim Jong-un concordou com o presidente sul-coreano em abril, e passo a citar:
"Reafirmando a declaração de Panmunjong de 27 de abril de 2018 - a RPDC, que é a Coreia do Norte, compromete-se a trabalhar para a desnuclearização completa da península coreana ". Trabalhar para - uma intenção, uma promessa, nada mais do que isso, e não define o que significa desnuclearização.
No texto anterior a esse há uma repetição disso - que Kim reafirmou o seu firme e inabalável compromisso com a completa desnuclearização da península coreana. Mais uma vez, apenas uma promessa - e, como sabemos com a Coreia do Norte a partir de 1994, o acordo assinado nessa altura, e nos anos 2000, outros acordos que obteve: pode prometer, mas não o necessariamente cumprir.
Então, este é um acordo muito prolixo, mas vago.
No início. Trump proferiu muito elogios a Kim Jong-un chamando-o de "muito inteligente, muito digno negociador, um homem muito talentoso, uma grande personalidade" e assim por diante.
Justin Trudeau, pergunto-me o que estará a pensar o primeiro-ministro canadiano, ao ouvir estas palavras pois o presidente Trump veio de uma cimeira com os europeus e com Justin Trudeau, onde foi hostil, e agora sentou-se e teceu largos elogios a um ditador asiático.
Kim Jong Un quase corou... Certamente estava radiante após estas palavras do presidente Trump.
O problema está nos detalhes... Este encontro acabou... O presidente Trump considera que este é o começo de um processo e, tal como ele disse, haverá "mais e mais e mais". Creio que os céticos vão olhar para este acordo e pensar: "Isso é muito pouco", relata a partir de Singapura, na Coreia do Sul, Bill Neely, da NBC News para a euronews.