Donald Tusk propõe criação de centros de triagem fora das fronteiras europeias, para que seja feita separação entre migrantes económicos e refugiados.
A dois dias do Conselho Europeu, Donald Tusk acelera os esforços para alcançar um consenso em torno da politica de migrações na União Europeia (UE).
O presidente do Conselho Europeu faz esta terça-feira uma paragem em Berlim, para uma reunião com a chanceler alemã, Angela Merkel, depois do encontro com a primeira-ministra britânica, Theresa May, e com o chefe de Estado francês Emmanuel Macron.
Donald Tusk propõe a criação de plataformas de desembarque regionais, ou seja, centros fora das fronteiras europeias, onde seja possível fazer uma triagem entre migrantes económicos e refugiados de guerra que procuram asilo.
O tema juntou os líderes europeus na mini-cimeira informal de domingo. No final da reunião, Angela Merkel, afirmou que existe “muito boa vontade” para discutir os desacordos sobre as migrações na UE."
O tema das migrações domina a agenda do Conselho Europeu em 28 e 29 deste mês e divide os Estados-membros, nomeadamente no que respeita às regras para acolhimento de refugiados e concessão de asilo.
Merkel e outros 15 líderes europeus encontraram-se em Bruxelas para discutir as políticas de imigração que dividem o bloco comunitário, sobretudo desde a chegada de mais de um milhão de migrantes em 2015.
Durante a reunião, Merkel e o presidente francês, Emmanuel Macron, apelaram a acordos entre vários Estados membros face ao desafio migratório e à ausência de consenso que tem paralisado a UE.
A Itália acentuou as diferenças no quadro europeu, ao recusar a entrada de mais de seiscentos migrantes resgatados no Mediterrâneo, pelo navio Aquarius, que acabou por atracar em Espanha, depois de vários dias no mar.
A posição de força tem sido reafirmada pelo ministro do interior italiano.
De visita a Tripoli, Matteo Salvini defendeu a criação de centros de acolhimento na fronteira sul da Líbia, adiantando que vai participar, esta semana, numa missão técnica conjunta com o Níger, Mali, Chade e Sudão.
Salvini insiste na ideia de que a Itália não vai ser o "campo de refugiados da Europa".