"A maioria absoluta dos migrantes não estão a fugir da guerra e por isso não têm o direito de ficar em Itália" afirma Matteo Salvini
O ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, afirma que está satisfeito com os resultados obtidos pelo primeiro-ministro, Antonio Conte, em Bruxelas na sequência da cimeira europeia. Salvini contudo reiterou que agora é preciso ver gestos concretos.
"Parto do princípio que quantas mais pessoas sairem, mais pessoas vão morrer. Até por causa das ONGs que se encontram a poucas milhas da costa da Líbia. Os traficantes já nem usam barcos a motor, basta-lhes um barco insuflável para percorrerem apenas alguns quilómetros", afirmou o alto responsável italiano na quinta-feira por ocasião de um encontro com elementos do seu partido, Lega.
Foi já de madrugada que os líderes chegaram a um acordo de princípio sobre a questão dos refugiados e migrações. O ministro italiano afirma que vai apenas abrir centros de repatriamento, pelo menos um em cada região, sublinhando que acabaram os centros de alojamento. Salvini afirma que vai encerrar ainda os portos ao reabastecimento dos barcos ao serviço das ONGs.
"Com 5 milhões de italianos que vivem na pobreza, penso que é o dever do governo italiano olhar para estas pessoas e para os refugiados políticos genuínos que são cerca de 7% do total, aos quais juntamos outros 20% de pessoas que requerem proteção internacional. A maioria absoluta dos migrantes não estão a fugir da guerra e por isso não têm o direito de ficar em Itália".
Olhando para o futuro, o ministro italiano do Interior revelou que vai negociar um comissário na área económica na futura Comissão Europeia.