Bruxelas "pronta para ajudar Itália" no caso Diciotti

Bruxelas "pronta para ajudar Itália" no caso Diciotti
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De  António Oliveira e Silva e Eloisa Covelli
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Roma acabou por aceitar que o Diciotti atracasse no porto siciliano de Catania e pediu à União que cumprisse com a sua parte.

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A Comissão Europeia diz que apoia Itália na gestão do caso Diciotti, a embarcação militar italiana há cinco dias no Mar Mediterrâneo, sem destino definido, com mais de 170 migrantes a bordo. Ao fim da tarde, o ministro das Infraestruturas, Danilo Toninelli, disse que o Diciotti poderia atracar no porto siciliano de Catania, o que foi negado, posteriormente, pelo colega da Administração Interna, Matteo Salvini.

"A Comissão Europeia foi contactada pelas autoridades italianas por causa da embarcação com mais de 170 migrantes a bordo," disse aos jornalistas a porta-voz Tove Ernst.

"Tal como fizemos em ocasiões semelhantes, estamos preparados para oferecer apoio nas tarefas de coordenaço entre países que estejam dispostos a assumir esforços de solidariedade," continuou.

A porta-voz adiantou também que a Comissão já entrou em contacto com vários Estados membros, sem especificar quais. Tanto Itália como Malta rejeitaram receber o navio o que provocou tensões entre Roma e Valetta.

Danilo Toninelli, ministro italiado para as Infraestruturas, via rede social Twitter, que "o barco Diciotti vai atracar em Catania. Os homens valentes da Guarda Costeira cumpriram com o seu dever, salvando vidas humanas a apenas 17 milhas da ilha de Lampedusa."

A informação foi posterioemente desmentida pelo ministro do Interior (Administração Interna), Matteo Salvini. Ao fim da tarde desta segunda-feira, o impasse era evidente em Itália.

Guarda Costeira italiana apreensiva

À Euronews, Antonello Ciavarelli, da guarda costeira italiana, insistiu na necessidade de que fosse estabelecido um acordo entre diversos Estados europeus para o acolhimento dos migrantes. Disse também que a responsabilidade não pode cair sobre a tripulação:

"É hora que, a nível europeu, se tomem decisões, porque não é possível que quarenta pessoas da tripulação sejam os responsáveis pela solução de problemas que dizem respeito aos políticos."

Bruxelas recordou que o resgate é um assunto de Direito Internacional, que compete às diferentes autoridades nacionais e não ao bloco regional europeu.

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