Boris Johnson afirma que o acordo é um desastre e David Davies adverte contra os riscos.
A primeira-ministra britânica regressou da sua digressão de intuito comercial por países africanos mas em casa não a esperam boas notícias.
De regresso para mais uma sessão parlamentar de duas semanas, Boris Johnson afirmou no domingo num dos principais tabloides que o acordo de Chequers é um "colete-suicida," um desastre e uma humilhação, que concede a vitória à União Europeia.
Theresa May afirmou no dia anterior no mesmo jornal que não vai desistir dos seus planos para o brexit nem na União Europeia nem em casa e que não haverá um segundo referendo. A primeira-ministra está ciente da importância do dito plano para o seu governo e tinha afirmado anteriormente que não haveriam eleições antecipadas.
Se o impasse persistir nos próximos meses, um referendo ou mesmo eleições antecipadas poderão tornar-se a única solução.
Entretanto, David Davis, que também se demitiu do governo devido aos planos de Chequers, afirmou:
"Seria estranho demitir-me e depois votar nos planos. Na minha opinião, a proposta de brexit, e sublinho que se trata de uma proposta e não de um acordo, é pior ou quase pior do que ficar. O Reino Unido ficaria debaixo da jurisdição da União Europeia no que diz respeito a bens manufacturados e agro-alimentares, o que seria uma grave concessão. A União Europeia ditaria o nosso futuro, sem termos qualquer voz nesse futuro."